Este ensaio, fruto de um exercício etnográfico realizado no grupo de Capoeira Angola Eu Sou Angoleiro, de Belo Horizonte, busca se aprofundar no papel que o Mestre de Capoeira exerce dentro de seu grupo, através dele, na sociedade que o cerca, a partir da perspectiva do próprio mestre do grupo, Mestre João Bosco. Partindo desse enfoque, o ensaio discorre sobre as contribuições que a Capoeira Angola traz à sociedade atual, na medida em que guarda e difunde os valores ancestrais, apontados aqui como opostos aos valores hegemônicos de um mundo eurocêntrico e capitalista (nos termos do Mestre João Bosco). E por fim, discorre sobre a importância do mestre nesse universo, para que a Capoeira Angola seja preservada e para que possa continuar a trazer essas contribuições.