A transição para o ensino superior atua como mecanismo reprodutor de desigualdades sociais, refletindo sobre as trajetórias profissionais dos indivíduos. Em face dessas disparidades, várias políticas de acesso foram implementadas no ensino superior brasileiro objetivando mitigar essa realidade, inclusive na Universidade de São Paulo (USP). Neste artigo, analisamos as diferentes políticas de ingresso no curso de Ciências Sociais da USP, entre 2016 e 2022, e o perfil demográfico dos estudantes pretos, pardos e indígenas (PPI) do curso. Por último, discutimos os desafios e potencialidades das políticas de acesso da USP, com base nos dados da pesquisa realizada pelo grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) de Ciências Sociais da USP, que acompanha o perfil dos ingressantes em Ciências Sociais da universidade há 19 anos.