Este trabalho tem o objetivo de abordar as disputas faccionais evidenciadas pelo Movimento Indígena cearense durante o processo de ocupação da Coordenação Regional Nordeste II da FUNAI, localizada em Fortaleza (CE). Para tanto, abordaremos as “redes sociais” (Barnes, 1987) construídas pelas lideranças indígenas no Ceará – especificamente, as do povo Pitaguary – no processo de legitimação de suas posições nessas diferentes arenas (Swartz, 1968b) de disputa. Nesse sentido, acompanhamos através de pesquisa etnográfica, os processos sociais Pitaguary e os quase dois meses de ocupação. Propomos uma análise do Movimento Indígena cearense como um espaço repleto de heterogeneidades e divergências políticas.