Este artigo tem como objetivo analisar o Programa Luz Para Todos (2003-2012), política pública federal, sob a luz da Ciência Política, a partir das contribuições e dos estudos das capacidades estatais para a infraestrutura. Além disso, pretende-se evidenciar – de acordo com pesquisas qualitativas do Ministério de Minas e Energia, bem como a partir de outras produções científicas sobre a eletrificação rural no Brasil – os impactos da política pública de infraestrutura em questão para as populações pertencentes ao “Brasil Profundo”: o subproletariado nacional – especialmente nas regiões Norte e Nordeste, comunidades quilombolas e indígenas e assentamentos voltados para a Agricultura Familiar. Portanto, pretende-se demonstrar, a partir deste estudo de caso, de que maneiras as capacidades estatais para infraestrutura podem ter consequências factíveis na qualidade de vida dos grupos sociais em questão.