Esta resenha busca evocar o estado de indiferença com relação à morte e ao mundo autista da sociedade moderna, a partir da perspectiva do documentário, "Tiros em Columbine" de Michael Moore, enquanto uma visão inicial -- i. e., o documentário enquanto uma categoria do discurso que possibilita o pensar social em sua multiplicidade. Em um sentido mais metafórico, é o dizer sobre o sangue como o sentimento aporético do paradoxo ocidental. Na concretude múltipla e instigante do orbe social, conforme nos conta Theodor Adorno, uma "massa solitária", um "enturmar-se de pessoas frias", são realidades contemporâneas que necessitam de uma melhor compreensão. Neste bojo, até que ponto pode-se dizer que os torrenciais tiros em Columbine (EUA representam essa realidade contemporânea?