Inspirados pelas obras de Georg Simmel, decidimos ir a campo para participar e observar o ato de dar e receber caronas entre os estudantes da UFMG. O objetivo de nosso trabalho foi estudar as relações de sociabilidade entre caroneiros e caronistas e sugerir, após análise, que os fluxos de conversas surgidas durante uma carona são momentos em que o ato de dialogar se sobrepõe ao conteúdo das conversas em si. Escolhemos realizar um trabalho mais descritivo que teórico, mas nem por isso nos distanciamos de questões relevantes para a Antropologia Urbana, a saber: as impressões subjetivas sobre as mudanças no espaço urbano de Belo Horizonte, a intensificação da vida mental nas grandes cidades, o estresse decorrente do caótico trânsito de veículos e o encontro com um outro estranho no interior de um ambiente privado, o carro.·