Buscamos compreender como docentes de ensino básico experienciam a inteligência artificial nas escolas, partindo do caso de docentes de língua portuguesa com uma plataforma de correção de redações e como isso afetava sua identidade profissional. Pela entrevistas semiestruturadas e grupos focais com docentes, sob o método da intervenção sociológica — das sociologias da ação e da experiência —, constatamos que a credibilidade da plataforma se dava mais pelo esforço dos profissionais em legitimá-la e não pela qualidade das correções; atribuímos a procura dos professores pelos alunos à presença do algoritmo para receber benefícios emocionais; e destacamos diferenças entre escolas públicas e privadas.