Disfunção temporomandibular e hábitos parafuncionais em policiais militares

um estudo transversal

Autores

  • Hingrid Costa Sarrazin Faculdade de Imperatriz
  • Paulo Maia Faculdade de Imperatriz

DOI:

https://doi.org/10.7308/aodontol/2020.56.e21

Palavras-chave:

Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular, Índice de gravidade de doença, Polícia

Resumo

Objetivo: Avaliar a prevalência e o grau de gravidade da DTM em policiais militares e analisar a associação entre DTM e hábitos parafuncionais.

Métodos: Realizou-se uma pesquisa transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 255 policiais militares, com idade entre 20 a 53 anos, de ambos os gêneros, nos estados do Maranhão, Pará e Tocantins. Foram utilizados três questionários para avaliar variáveis de caracterização amostral, prevalência e gravidade da DTM e hábitos parafuncionais. Os questionários foram enviados por plataforma eletrônica (Google Forms). Foram utilizados o teste qui-quadrado de Pearson ou o teste Exato de Fisher e Odds Ratio.

Resultados: Observou-se a presença da Disfunção Temporomandibular em 66,3% dos pesquisados, dos quais 40,4% apresentaram a disfunção no grau leve, 21,6% no grau moderado e 4,3% no grau grave. Houve associação significativa entre os hábitos parafuncionais de ranger e apertar dentes, roer unhas, morder objetos, morder bochecha, mastigar e dormir de um lado só e apoiar a mão da mandíbula com a DTM (p < 0,05). A gravidade leve não apresentou associação estatisticamente significativa com os hábitos, apenas os graus moderado e grave.

Conclusão: Concluiu-se que 66,3% dos pesquisados apresentaram DTM, sendo maior a prevalência do grau leve e houve associação entre a DTM e os hábitos parafuncionais, com exceção aos de mascar chiclete e chupar dedo.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Donnarumma MDC, Muzilli CA, Ferreira C, Nemr K. Disfunções temporomandibulares: sinais, sintomas e abordagem multidisciplinar. Rev CEFAC. 2010;12(5):788-94.

Okenson JP. Management of temporomandibular disorders and occlusion. 7th ed. St. Louis: Elsevier; 2013.

Freitas DG, Pinheiro ICO, Vantin K, Meinrath NCM, Carvalho NAA. Os efeitos da desativação dos pontos-gatilho miofasciais, da mobilização articular e do exercício de estabilização cervical em uma paciente com disfunção temporomandibular: um estudo de caso. Fisioter Mov. 2011;24(1):33-8.

Carrara SV, Conti PCR, Barbosa JS. Termo do 1º consenso em disfunção temporomandibular e dor orofacial. Dental Press J Orthod. 2010;15(3):114-20

Leeuw R. Dor orofacial: guia de avaliação, diagnóstico e tratamento. 4th ed. São Paulo: Quintessence; 2010.

Zarb GA, Carlsson GE, Sessle BJ, Mohl ND. Disfunções da articulação temporomandibular e dos músculos da mastigação. 2a ed. São Paulo: Santos; 2000.

Makino M, Masaki C, Tomoeda K, Kharouf E, Nakamoto T, Hosokawa R. The relationship between sleep bruxism behavior and salivary stress biomarker level. Int J Prosthodont 2009;22(1):43-8.

De Rossi SS, Greenberg MS, Liu F, Steinkeler A. Temporomandibular disorders: evaluation and management. Med Clin North Am. 2014;98(6):1353–84.

Paulino MR, Moreira VG, Lemos GA, Silva PLP, Bonan PRF, Batista AUD. Prevalência de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular em estudantes pré- vestibulandos: associação de fatores emocionais, hábitos parafuncionais e impacto na qualidade de vida. Cien Saude Colet. 2018;23(1):173-86.

Garcia AR, Martins RJ, Garbin CAS, Zuim PRJ, Sundefeld MLMM. Fatores associados à ocorrência de vibrações articulares. Rev Fac Odontol Porto Alegre. 2009;50(1):24-8.

Monteiro DR, Zuim PRJ, Pesqueira AA, Ribeiro PPR, Garcia AR. Relationship between anxiety and chronic orofacial pain of temporomandibular disorder in a group of university students. Prosthodont Res. 2011;55(3):154-8.

Calixtre LB, Grüninger BLS, Chaves TC, Oliveira AB. Is there an association between anxiety/depression and temporomandibular disorders in college students? J Appl Oral Sci. 2014;22(1):15-21.

Reche R, Gomes MS, Pinto JN, Dick NRM. Associação entre bruxismo e a qualidade do sono em policiais militares. Saúde e Desenvolvimento Humano. 2018; 6(1):15-27.

Bortolleto PPB, Moreira APS, Madureira PR. Análise dos hábitos parafuncionais e associação com disfunção das articulações temporomandibulares. Rev Assoc Paul Cir Dent. 2013;67(3):216–21.

Jesus BM, Silva SR, Carreiro DL, Coutinho LTM, Santos CA, Martins AMEBL, et al. Relação entre a síndrome de burnout e as condições de saúde entre militares do exército. Tempus Actas de Saúde Colet. 2016;10(2):11-28.

Gonçalves DA, Speciali JG, Jales LC, Camparis CM, Bigal ME. Temporomandibular symptoms, migraine and chronic daily headaches in the population. Neurology. 2009;73(8):645-6.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Informações Básicas Estaduais – ESTADIC [homapage na Internet]. Rio de Janeiro: IBGE [acesso em 2020 Jun 15]. Disponível em: https:// www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/ saude/16770-pesquisa-de-informacoesbasicas-estaduais.html?=&t=downloads

Fonseca DM, Bonfante G, Valle AL, Freitas SFT. Diagnóstico pela anamnese da disfunção craniomandibular. Rev Gaucha Odontol. 1994;42(1):23-8.

Helkimo M. Studies on function and dysfunction of the masticatory system II: index for anamnestic and clinical dysfunction and oclusal state. Swed Dent J. 1974; 67(2):101-21.

Chaves TC, Oliveira AS, Grossi DB. Principais instrumentos para avaliação da disfunção temporomandibular, parte I: índices e questionários, uma contribuição para a prática clínica e de pesquisa. Fisioter Pesqui. 2008;115(1):92-100.

Campos JADB, Gonçalves DAG, Camparis CM, Speciali JG. Confiabilidade de um formulário para diagnóstico da severidade da disfunção temporomandibular. Rev Bras Fisioter. 2009;13(1):38-43.

Cavalcanti MOA, Lima JMC, Batista AUD, Oliveira LMC, Lucena LBS. Grau de severidade da disfunção temporomandibular e hábitos parafuncionais em policiais militares. Rev Gaucha Odontol. 2011;59(3):351-6.

Medeiros SP, Batista AUD, Forte FDS. Prevalência de sintomas de disfunção temporomandibular e hábitos parafuncionais em estudantes universitários. Rev Gaucha Odontol. 2011;59(2):201-8.

Graciola J, Silveira AM. Avaliação da influência do estresse na prevalência de disfunções temporomandibulares em militares estaduais do Rio Grande do Sul. J Oral Invest. 2013;2(1):32-7.

Pinto RGS, Leite WMA, Sampaio LS, Sanchez MO. Associação entre sinais e sintomas de disfunção temporomandibular com depressão em universitários: estudo descritivo. Rev Dor. 2017;18(3):217-24.

Schmid SM, Bristela M, Kundi M, Piehslinger E. Sex-specific differences in patients with temporomandibular disorders. J Orofac Pain. 2013;27(1):42-50.

Nassif NJ, Al-Salleeh F, Al-Admawi M. The prevalence and treatment needs of symptoms and signs of temporomandibular disorders among young adult males. J Oral Rehabil. 2003;30(9):944-50.

Sproesser JG. Características das relações interoclusais em indivíduos com mastigação realizada preferencialmente sobre um dos lados e sintomas de disfunção temporomandibular. Jornal Brasileiro de Oclusão, ATM e Dor Orofacial. 2002; 2(5):26-31.

Figueiredo VMG, Cavalcanti AL, Farias ABL, Nascimento SR. Prevalência de sinais, sintomas e fatores associados em portadores de disfunção temporomandibular. Acta Sci Health Sci. 2009;31(2):159-63.

Downloads

Publicado

2020-07-17

Como Citar

Sarrazin, H. C., & Maia, P. R. M. (2020). Disfunção temporomandibular e hábitos parafuncionais em policiais militares: um estudo transversal. Arquivos Em Odontologia, 56, PDF. https://doi.org/10.7308/aodontol/2020.56.e21

Edição

Seção

Artigos