Hospitalização para casos de câncer de boca e faringe no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.7308/aodontol/2020.56.e20Palavras-chave:
Neoplasias bucais, Hospitalização, MortalidadeResumo
Objetivo: Avaliar a internação hospitalar por câncer de boca e faringe no Brasil no período de 2008 a 2017.
Métodos: Estudo das internações por estas neoplasias registradas no Sistema de Informação Hospitalar disponíveis no DATASUS/MS entre 2008 e 2017.
Resultados: Foram registradas 263.556 mil internações por câncer de boca e faringe. O Sudeste apresentou a maior frequência de casos (44,3%). A maior taxa de internação ocorreu no Sul (19,6/100 mil habitantes). As maiores taxas de letalidade encontradas foram no Norte (12,7%) e Sudeste (12,3%). Houve um predomínio de internações em regime privado (53,5%) e em caráter de urgência no Brasil (53,5%). A média de permanência hospitalar foi de 6,4 dias. A taxa de letalidade em caráter de urgência foi maior do que em caráter eletivo. A taxa de internação apresentou tendência decrescente e a taxa de letalidade hospitalar, tendência de incremento de 0,2% a cada ano. A análise de índice de desenvolvimento humano médio e taxa de internação mostrou correlação moderada positiva entre essas variáveis e as regiões do país. Houve maior custo médio em reais por internação hospitalar em caráter eletivo e a região Centro-Oeste obteve maior média de custo financeiro (por guia autorizada) nesta modalidade.
Conclusão: Observa-se um elevado número de internações por estes tipos de câncer no Brasil, além de um acentuado custo e alta média de permanência hospitalar, sendo variável entre as regiões do país.
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