Prevalência das lesões de mucosa bucal e seu impacto na qualidade de vida de escolares
DOI:
https://doi.org/10.7308/aodontol/2020.56.e23Palavras-chave:
Qualidade de vida, Patologia bucal, Mucosa bucal, CriançaResumo
Objetivo: Avaliar a prevalência das lesões de mucosa bucal e seu impacto na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em crianças matriculadas nas escolas municipais de Caicó, Rio Grande do Norte (RN).
Métodos: Foram selecionados 71 escolares entre 8 a 10 anos de idade regularmente matriculados em Escolas Municipais de Caicó/RN. A amostra foi divida em dois grupos: Grupo lesão (GL): composto por 26 crianças com presença de lesões bucais e Grupo controle (GC): composto por 45 crianças que não apresentaram lesões bucais. A identificação das lesões bucais se deu pelo exame clínico com o auxílio de espátulas de madeira. As crianças responderam questionários (CPQ8-10) acerca da qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Foi realizada a comparação intergrupos para a avaliação da qualidade de vida e seus componentes por meio do teste t. Em todos os testes foram adotados níveis de significância de 5%.
Resultados: A prevalência de crianças que apresentaram lesão de mucosa foi igual a 36,61%, (n = 26). Os tipos mais comuns de lesões foram úlceras aftosas 23,94% (n = 17) e mucocele com 5,63% (n = 4). Houve diferença estatisticamente significante para qualidade de vida entre os grupos avaliados. Pacientes sem lesões bucais apresentaram uma melhor qualidade de vida em detrimento ao grupo das lesões (p = 0,045).
Conclusão: Lesões bucais causam um impacto negativo na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em crianças de 8 a 10 anos.
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