Efetividade de diferentes métodos de remoção de dentina desmineralizada artificialmente
DOI:
https://doi.org/10.7308/aodontol/2014.50.2.01Palavras-chave:
Desmineralização do dente, Preparo da cavidade dentária, Testes de durezaResumo
Objetivo: Avaliar a efetividade de diferentes métodos mecânicos de remoção de dentina desmineralizada.
Materiais e Métodos: Terceiros molares humanos, hígidos, foram preparados de forma que as superfícies oclusais planas de dentina fossem expostas e seccionadas longitudinalmente, no sentido vestíbulo-lingual. Uma secção de cada dente foi submetida a um modelo de ciclagem de pH e outra secção permaneceu sem nenhum tratamento. As secções dos dentes foram unidas e a dentina foi removida por um único operador, pelo uso de broca de aço, cureta de dentina ou broca de polímero. As secções dos dentes foram então separadas e fotografias digitais foram realizadas. A profundidade das cavidades preparadas, assim como as mensurações de microdureza, foram aferidas e analisadas por testes estatísticos One Way ANOVA Kruskal-Wallis em Ranks, teste de Tukey, enquanto as dentinas desmineralizadas foram comparadas por One-Way ANOVA e Holm-Sidak (p<0.05).
Resultados: A broca de aço produziu as cavidades mais profundas, tanto em dentina mineralizada como desmineralizada. A broca de polímero produziu as cavidades mais rasas em dentina desmineralizada. As medidas de microdureza da superfície mais profunda dos preparos em dentina desmineralizada indicaram que a broca de aço e a cureta de dentina apresentaram valores similares, enquanto que os provenientes das cavidades preparadas com broca de polímero tiveram valores numéricos menores.
Conclusão: A efetividade na remoção de dentina desmineralizada variou entre os três métodos utilizados. A broca de polímero foi o método mais conservador. Já a broca de aço e a cureta de dentina tiveram efetividade similar de remoção da dentina desmineralizada, de acordo com os valores de microdureza da dentina remanescente, embora tenham produzido preparos de profundidades diferentes.
Downloads
Referências
Fusayama T, Okuse K, Hosoda H. Relationship between hardness, discoloration, and microbial invasion in carious dentin J Dent Res. 1966; 45:1033-46.
Murdoch-Kinch CA, McLean ME. Minimally invasive dentistry. J Am Dent Assoc. 2003; 134:87-95.
Bussadori SK, Castro LC, Galvão AC. Papain gel: a new chemo-mechanical caries removal agent. J Clin Pediatr Dent. 2005; 30:115-9.
Neves AA, Coutinho E, De Munck J, Van Meerbeek B. Caries-removal effectiveness and minimal-invasiveness potential of cariesexcavation techniques: a micro-CT investigation. J Dent. 2011a; 39:154-62.
Mount GJ. Minimal intervention dentistry: rationale of cavity design. Oper Dent. 2003; 28:92-9.
Silva NR, Carvalho RM, Pegoraro LF, Tay FR,Thompson VP. Evaluation of a self-limiting concept in dentinal caries removal. J Dent Res. 2006; 85:282-6.
Boston DW. New device for selective dentin caries removal. Quintessence Int. 2003; 34:678- 85.
Allen KL, Salgado, TL, Janal MN, Thompson VP. Removing carious dentin using polymer instrument without anesthesia versus a carbide bur with anesthesia. J Am Dent Assoc. 2005; 136:643-51.
Marquezan M, Corrêa FN, Sanabe ME, Rodrigues Filho LE, Hebling J, Guedes-Pinto AC, et al. Artificial methods of dentine caries induction: a hardness and morphological comparative study. Arch Oral Biol. 2009; 54:1111-7.
Ten Cate JM. In vitro studies of the effects of fluoride on de- and remineralization. J Dent Res. 1990; 69:634-6.
Ten Cate JM, Duijsters PP. Alternating demineralization and remineralization of artificial enamel lesions. Caries Res. 1982; 16:201-10.
White DJ. The application of in vitro models to research on demineralization and remineralization of the teeth. Adv Dent Res. 1995; 9:175-93.
Argenta RM, Tabchoury CP, Cury JA. A modified pH cycling model to evaluate fluoride effect on enamel demineralization. Pesqui Odontol Bras. 2003; 17:241-6.
Banerjee A, Kidd EA, Watson TF. In vitro validation of carious dentin removed using different excavation criteria. Am J Dent. 2003; 16:228-30.
Craig RG, Gehring PE, Peyton FA. Relation of structure to the microhardness of human dentin. J Dent Res. 1959; 38:624-30.
Celiberti P, Francescut P, Lussi A. Performance of four dentine excavation methods in deciduous teeth. Caries Res. 2006; 40:117-23.
Zhang X, Tu R, Yin W, Zhou X, Li X, Hu D. Micro-computerized tomography assessment of fluorescence aided caries excavation (FACE) techniques. Aust Dent J. 2013; 58:461-7.
Banerjee A, Kellow S, Mannocci F, Cook RJ, Watson TF. An in vitro evaluation of microtensile bond strengths of two adhesive bonding agents to residual dentine after caries removal using three excavation techniques. J Dent. 2010a; 38:480-9.
Cajazeira MRR, Santos MEO. Ultrastructural analysis of the dentin surface of primary molarssubmitted to different methods udes for removal of carious tissue. Pesqui Bras Odontopediatria Clin Integr. 2007; 7:265-9.
Banerjee A, Sherriff M, Kidd EA, Watson TF. A confocal microscopic study relating the autofluorescence of carious dentine to its microhardness. Br Dent J. 1999; 187:206-10.
Buzalaf MA, Hannas AR, Magalhães AC, Rios D, Honório HM, Delbem AC. pH-cycling models for in vitro evaluation of the efficacy of fluoridated dentifrices for caries control: strengths and limitations. J Appl Oral Sci. 2010; 18:316-34.
Mount, GJ. A new paradigm for operative dentistry. Aust Dent J. 2007; 52:264-70.
Neves AA, Coutinho E, Cardoso MV, Lambrechts P, Van Meerbeek B. Current concepts and techniques for caries excavation and adhesion to residual dentin. J Adhes Dent. 2011b; 13:7-22.
Banerjee A, Cook R, Kellow S, Shah K, Festy F, Sherriff M, et al. A confocal micro-endoscopic investigation of the relationship between the microhardness of carious dentine and its autofluorescence. Eur J Oral Sci. 2010b; 118:75- 9.
Fuentes V, Toledano M, Osorio R, Carvalho RM. Microhardness of superficial and deep sound human dentin. J Biomed Mater Res A. 2003; 66:850-3.