Prevalência de alterações bucais em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2
um estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.35699/2178-1990.2025.49259Palavras-chave:
Complicações do diabetes, Epidemiologia, Manifestações bucais, OdontologiaResumo
Introdução: Alterações sistêmicas, como o diabetes, impactam na saúde bucal. Xerostomia, cárie dental, doença periodontal e edentulismo têm sido descritos como mais prevalentes em indivíduos com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), quando comparado a população em geral.
Objetivo: determinar a prevalência de alterações bucais em indivíduos com DM2.
Métodos: Estudo observacional de corte transversal e analítico, com amostra randomizada e de base populacional, que determinou a prevalência de alterações bucais em indivíduos com DM2, cadastrados em Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Pombal-PB. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Federal de Pernambuco-UFPE, sob o número de Parecer:1.238.546. Previamente à coleta de dados, houve a calibração intra e inter-examinador, para o cálculo do grau de concordância por meio da realização do teste Kappa de Cohen, e realização de estudo piloto com 30 indivíduos. Os dados foram analisados por estatística descritiva para caracterização da amostra quanto aos dados socioeconômicos, de saúde bucal e clínicos.
Resultados: Dos 302 participantes, a maioria era do sexo feminino (71,2%), com média de idade de 63,1 anos e renda familiar de um salário mínimo. Em relação ao motivo de procurar por atendimento odontológico, aproximadamente metade dos participantes relatou ir ao dentista devido à dor (48,7%). A prevalência de xerostomia foi de 52,6%, do edentulismo de 47,7%, da cárie dentária 29,5% e da periodontite 38,4%.
Conclusão: A prevalência de alterações de saúde bucal em pacientes com DM2, assistidos pela ESF em um município de pequeno porte, foi alta. A alteração de saúde bucal mais prevalente nesse grupo foi a xerostomia.
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