Prevalência do atendimento de pacientes de 12 a 18 anos de idade em um setor de pronto atendimento odontológico
DOI:
https://doi.org/10.35699/2178-1990.2025.56100Palavras-chave:
serviços de saúde do adolescente, assistência odontológica, socorro de urgênciaResumo
Objetivo: o presente trabalho teve como objetivo analisar a prevalência do atendimento de adolescentes no Pronto Socorro Odontológico da Universidade Federal de Uberlândia (PSO – UFU), para verificar o motivo pelo qual esses indivíduos buscaram atendimento nesse setor, além de avaliar o preenchimento das fichas de atendimento.
Metodologia: A pesquisa de caráter transversal, analisou de forma quanti-qualitativa a prevalência de atendimentos de jovens entre 12 e 18 anos de idade, no PSO – UFU. O trabalho foi desenvolvido através da coleta de dados secundários das fichas de atendimento dos pacientes da faixa etária supracitada, atendidos no período de janeiro de 2019 a janeiro de 2022.
Resultados: Foi possível identificar que os atendimentos eram em sua maior parte ao sexo feminino (49,1%), jovens com 18 anos de idade (35,2%), de cor autodeclarada parda (25,7%), em momento diurno (76,6%). É importante destacar que o maior diagnóstico foi cárie (28%), sendo exodontias (22,3%), abertura coronária (22,1%) e tratamento de pericoronarite (8,34%) os procedimentos mais realizados. A prevalência do atendimento de adolescentes foi inferior a 10% do volume total de pacientes atendidos no período analisado. É necessário apontar a grande quantidade de fichas com campos em branco, com destaque para diagnóstico (41,7%), tratamento indicado (8,68%) e tratamento a ser realizado no PSO – UFU (19,3%).
Conclusão: Dessa forma, foi possível identificar que os adolescentes representam uma pequena parte dos atendimentos realizados no PSO – UFU. Destaca-se, ainda, o expressivo número de fichas com ausência de dados importantes. Assim, sugere-se utilização de ferramentas para garantir o correto preenchimento desses documentos, como treinamento de discentes e uso de formulários eletrônicos, além do olhar mais cuidadoso da equipe docente que supervisiona os procedimentos realizados.
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