Contramão, de Henrique Schneider: a escrita à deriva

Autores

  • Francisco Renato de Souza Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.17851/2238-3824.22.1.125-138

Palavras-chave:

Contramão, Henrique Schneider, Maurice Blanchot, escrita, errância, deriva.

Resumo

Este artigo investiga o movimento não objetivo da escrita literária na narrativa Contramão, de Henrique Schneider, a partir da perspectiva do escritor francês Maurice Blanchot sobre a literatura, assim como analisa o paralelo, também proposto por Blanchot, entre a linguagem corrente e a linguagem característica do texto ficcional, pautada pelo imaginário e, portanto, contrária às regras vigentes no mundo da realidade. Como resultado dessa investigação, percebe-se o desvio do personagem da ordem para a errância como o movimento característico da escrita literária, que se desenvolve sem objetivação e por uma pluralidade de possibilidades, uma vez que não intenta um propósito único. Conclui-se então, que a dimensão propícia para o desenvolvimento dessa escrita se dá no terreno do imaginário, uma vez que a irrealidade estende o movimento da errância ao infinito, proporcionando à linguagem ficcional o movimento incessante e interminável, incompatível com a finitude do espaço do mundo corrente.

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Biografia do Autor

Francisco Renato de Souza, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutor em Teoria Literária 

Departamento: Ciência da Literatura

Área: Teoria Literária

Universidade Federal do Rio de Janeiro

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Publicado

2017-08-01

Como Citar

de Souza, F. R. (2017). Contramão, de Henrique Schneider: a escrita à deriva. Caligrama: Revista De Estudos Românicos, 22(1), 125–138. https://doi.org/10.17851/2238-3824.22.1.125-138