Le Cygne de Charles Baudelaire

a emergência da alegoria entre-mundos a partir da flânerie

Autores

  • Andressa Cristina de Oliveira Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Thaís de Carvalho Eduardo Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

DOI:

https://doi.org/10.17851/2238-3824.28.2.210-234

Palavras-chave:

Caminhada, Baudelaire, Flânerie, Errância, Modernidade, Alegoria

Resumo

Desde sua origem, o caminhar enquanto prática estética está estritamente ligado à ociosidade, e essa característica permite o privilégio de realizá-lo através do ritmo da errância. Essa prática tem um elo muito forte, sobretudo, com a produção simbólica humana, desde os primórdios. Assim, enquadra-se em uma atitude simbólica e libertadora para o caminhante. Neste trabalho, almejamos analisar como a soma de metáforas, de onde emerge todo o significado da modernidade histórica baudelairiana, materializada na alegoria do Cisne enquanto poeta e exilado em seu próprio tempo, se apresenta no poema Le Cygne (“O Cisne”) publicado na seção Tableaux Parisiens da segunda edição de Fleurs du mal em 1861 à luz da interpretação de Benjamin (1984, 2009, 2019) e Hanson (2006) sobre alegorias e dos estudos de Hazan (2017) sobre a transformação urbana de Paris no século XIX.

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Publicado

2024-08-04

Como Citar

de Oliveira, A. C., & Eduardo, T. de C. (2024). Le Cygne de Charles Baudelaire: a emergência da alegoria entre-mundos a partir da flânerie. Caligrama: Revista De Estudos Românicos, 28(2), 210–234. https://doi.org/10.17851/2238-3824.28.2.210-234