Equivocidade da língua e alteridade do sujeito: a poesia de Fernando Pessoa

Autores

  • Glória Maria Monteiro de Carvalho Universidade Católica de Pernambuco-UNICAP
  • Maria de Fátima Vilar de Melo Universidade Católica de Pernambuco-UNICAP

DOI:

https://doi.org/10.17851/2359-0076.37.58.75-91

Palavras-chave:

equivocidade, língua, lalíngua (lalangue), poesia.

Resumo

Este artigo tem por objetivo colocar em discussão a equivocidade concebida como condição incontornável da língua, com fundamento no trabalho de Jean Claude Milner: O amor da língua (2012) que toma, como ponto de partida, as noções lacanianas de sujeito do inconsciente e de lalíngua (lalangue). Com esse objetivo, destaca-se que o caráter equívoco da palavra surpreende o sujeito, dividindo-o, ou melhor, revelando-o em seu exílio de si mesmo. Nessa perspectiva, entraram em cena fragmentos da poesia de Fernando Pessoa cuja análise deu especial visibilidade à poesia como lugar privilegiado onde se aloja o equívoco da língua, ao mesmo tempo em que vislumbrou o estatuto do sujeito-suporte desse equívoco como sendo um sujeito dividido marcado por sua condição de alteridade.

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Biografia do Autor

Glória Maria Monteiro de Carvalho, Universidade Católica de Pernambuco-UNICAP

Doutorado em linguística pela Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP. Professora e pesquisadora - CNPQ - da Universidade Católica de Pernambuco, na área de linguística.

Maria de Fátima Vilar de Melo, Universidade Católica de Pernambuco-UNICAP

Doutorado em  Psicologia pela Universidade Paris VII. Professora e pesquisadora da Universidade Católica de Pernambuco, nas áreas de Linguística e de Psicanálise.

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Publicado

2018-01-23

Como Citar

Carvalho, G. M. M. de, & Melo, M. de F. V. de. (2018). Equivocidade da língua e alteridade do sujeito: a poesia de Fernando Pessoa. Revista Do Centro De Estudos Portugueses, 37(58), 75–91. https://doi.org/10.17851/2359-0076.37.58.75-91