Associativismo, correspondência e periodismo
tecendo uma rede de intelectuais feministas de língua portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.17851/2359-0076.42.67.161-180Palavras-chave:
Correspondência, imprensa periódica, feminismo, Brasil, Portugal, GoaResumo
O presente artigo estuda e descreve algumas das cartas que fazem parte do Espólio Osório de Castro (N12) e do Fundo da Federação Brasileira para o Progresso Feminino (BR RJANRIO Q0) com o intuito de mapear a formação de uma rede intelectual transnacional que conta com a escritora, ativista feminista e professora goesa Maria Ermelinda dos Stuarts Gomes (1889-1937) e a ativista feminista e escritora portuguesa Ana de Castro Osório (1872-1933). A partir da análise das cartas e de sua ação nas associações de que faziam parte, observamos a prevalência de um ideal emancipatório pautado pela missão civilizatória, a que Françoise Vergès (2020) chama de feminismo civilizatório. As estratégias de propagação dessas ideias, proporcionadas pela mobilização de uma rede intelectual de mulheres, culminaram em publicações que superam as barreiras nacionais, já que ambas as autoras publicaram seus textos em periódicos tanto em Portugal, quanto no Brasil e em Goa, na Índia.
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