Autos vicentinos

edição e reedições

Autores

  • Elizangela Gonçalves Pinheiro Universidade do Porto

DOI:

https://doi.org/10.17851/2359-0076.42.67.289-316

Palavras-chave:

Autos, Gil Vicente, Portugal, Brasil

Resumo

Esta investigação apresenta um estudo sistemático das peças de “natureza profana” de Gil Vicente, considerando a pluralidade das edições atualizadas das obras de Gil Vicente, constituindo seu legado para as reedições modernas. São autos que contribuem com o teatro e que, no entanto, recorrem à força atrativa na corte joanina. Não obstante a censura da Real Mesa Censória que impedia a publicação na íntegra de tais peças, nota-se que há um discurso persuasivo embutido do legado vicentino no interior delas. Constatamos isto nas reedições feitas após 1562 das 44 das peças reunidas em compilação e que constituíram o escopo de outra investigação nossa, no âmbito do doutoramento realizado na Universidade do Porto, onde foi feito um inventário de autos, comédias, tragicomédias e farsas como comprovação de um percurso primário, uma vez que ninguém o fez. O objetivo foi selecionar 76 peças de autos reeditados no mercado português e brasileiro para investigar o trânsito e a atualização do gênero de daqui para lá. Revisamos o Estado da arte com Carolina Michaëlis, Maria Leonor Garcia da Cruz, Osório Mateus, José Augusto Cardoso Bernardes. Chegamos a conclusão de que este mercado editorial imprime obras não só para a academia, mas também para o liceu em ambos países. E essa circulação foi imprescindível para a manutenção e as transformações dos autos tais como o conhecemos hoje.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BERNARDES, José Cardoso; MATEUS, Rui Afonso. Literatura e ensino do Português. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2013.

CARDOSO, Bernardes Augusto (2016). Gil Vicente: no seu tempo e no nosso também. Aula. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1SUBlJVQBNo&feature=emb_logo.

CRUZ, Maria Leonor Garcia da Cruz. Gil Vicente e o Império. In: Os descobrimentos: O mar sem fim. Vol. IV. Lisboa: Ediclube, 1993.

MATEUS, O. O teatro e outras escritas. Lisboa: Quimera, 2003.

OSÓRIO, Jorge A. O período de Gil Vicente. Reflexos na Compliação de 1562. Guimarães: Câmara Municipal de Guimarães, 2004. Separata do III Congresso Histórico de Guimarães.

PORTUGAL, J. S.; CATARINO, F. C. Auto da Alma (Gil Vicente), Sonetos e canções (Camões). Lisboa: Porto Editora, 1958.

PRADO, Décio de Almeida. Teatro de Anchieta a Alencar. São Paulo: Perspectiva, debates, 1993.

RODRIGUES, M. I. R. De Gil Vicente a “Um auto de Gil Vicente”. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2006.

TEYSSIER, Paul. A língua de Gil Vicente. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2005.

TOPA, Francisco. Augusto Cesar Pires de Lima: um exemplo para o nosso tempo – no 20º aniversário da escola de que é patrono. Conferência proferida pelo autor na Câmara Municipal do Porto e Junta de Freguesia do Bonfim, 1993, p. 4-5.

VASCONCELOS, Carolina Michaëlis. Autos portugueses de Gil Vicente y de la escuela vincentina. Madrid: Facsímil, 1922. Disponível em: http://purl.pt/1360. Biblioteca Nacional Portuguesa.

VICENTE, Gil. Tragicomédia Romagem dos Agravados. Disponível em: http://www.cet.MATEUS.

Downloads

Publicado

2024-07-05

Como Citar

Pinheiro, E. G. (2024). Autos vicentinos: edição e reedições. Revista Do Centro De Estudos Portugueses, 42(67), 289–316. https://doi.org/10.17851/2359-0076.42.67.289-316