A simbologia da água na crônica Ouçam os ruídos dos jacumãs, de Eneida de Moraes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17851/2359-0076.44.72.%25p

Palavras-chave:

Crônica literária, Eneida de Moraes, simbologia da água, Gaston Bachelard

Resumo

Este artigo tem o objetivo de analisar como a simbologia da água se manifesta para criar metáforas na crônica literária Ouçam os ruídos dos jacumãs, da obra Cão da madrugada (1954) de Eneida de Moraes (1904-1971). Partimos da perspectiva de Massaud Moisés (2012) sobre crônica literária, podendo ser um gênero discursivo voltado para o lirismo provocado por um acontecimento real, estimulando a memória do cronista. Ingressamos a perspectiva de Gaston Bachelard (2018) sobre a água, que divide e classifica de maneira que atribui diversos significados e sensações ao elemento natural, para analisar como a simbologia ocorre na crônica de Eneida. Na crônica literária, narra-se a vida do caboclo ribeirinho da Amazônia brasileira e memórias da cronista envolvendo o rio. Assim, observamos que a água tem significações para além da sua matéria, sendo um meio de reproduz da imaginação e do simbólico dos ribeirinhos.

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Publicado

2025-01-07

Edição

Seção

Dossiê: Mulheres Artistas – do modernismo à contemporaneidade

Como Citar

A simbologia da água na crônica Ouçam os ruídos dos jacumãs, de Eneida de Moraes. (2025). Revista Do Centro De Estudos Portugueses, 44(72), 256–272. https://doi.org/10.17851/2359-0076.44.72.%p