A PRESENÇA DE MEMES EM PROVAS DE CIÊNCIAS DA NATUREZA

Autores

  • Jozélio Agostinho Lopes Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
  • Bruno Silva Leite Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

Palavras-chave:

Ciências da natureza, gêneros multimodais, memes, taxonomia de Bloom revisada

Resumo

O presente estudo objetivou investigar como o gênero multimodal meme tem sido mobilizado em provas da área de Ciências da Natureza (Química, Física e Biologia), tendo como material de análise os cadernos do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), assim como as provas de vestibulares tradicionais e seriados das universidades públicas estaduais e federais aplicadas nos últimos 20 anos (de 2001 a 2021), fazendo uso, para isso, da Taxonomia de Bloom Revisada. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, do tipo documental, realizada por meio de levantamento e análise dos dados. Os resultados mostram que apenas cinco memes estavam presentes nas provas analisadas e que três dos memes identificados apresentavam a dimensão do conhecimento efetivo/factual, enquanto que os outros dois, por sua vez, manifestam conhecimento conceitual. Já as dimensões dos processos cognitivos percebidas dizem respeito aos três primeiros níveis, sendo eles: lembrar (nível 1), entender (nível 2) e, por fim, aplicar (nível 3), mediante à problematização, de forma humorada. Em relação aos conteúdos abordados nos memes, quatro são da Química (ácidos e bases; características gerais do estado líquido; propriedades periódicas; ligações covalentes) e um da Biologia (citologia: organelas citoplasmáticas). Não foram encontrados memes voltados para a área da Física. O estudo relevou, também, um número incipiente de memes nos vestibulares das universidades analisadas, assim como uma ausência deste gênero no ENEM, apontando, com isso, para a necessidade de uma maior promoção e investigação deste artefato da cultura digital.

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Biografia do Autor

Jozélio Agostinho Lopes, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

Doutorando em Ensino das Ciências pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, com linha de pesquisa em processos de construção de significados em ensino de Ciências e Matemática; Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Alagoas - UFAL (2020), com linha de pesquisa em saberes e práticas docentes; Especialista em Psicopedagogia pela Faculdade Descomplica (2022); Especialista em Gestão Educacional e Educação Infantil pela Universidade Candido Mendes - UCAM (2018); Licenciado em Pedagogia pela Universidade de Pernambuco - UPE (2022) e em Química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano - IF Sertão Pernambucano (2016). Membro do grupo de pesquisa: Laboratório para Educação Ubíqua e Tecnológica no Ensino de Química (LEUTEQ), da UFRPE. Atualmente, é professor efetivo da educação básica nos municípios de Caetés e Paranatama - PE. Temas de interesse: (1) Ensino de Química; (2) Ensino de Ciências por Investigação; (3) recursos didáticos digitais; (4) Alfabetização Científica.

Bruno Silva Leite, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

Professor de Química e de Tecnologias no Ensino de Química da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). É Licenciado em Química, mestre no Ensino das Ciências e Doutor em Química Computacional. É coordenador do Programa de Mestrado Profissional em Química em Rede (PROFQUI-UFRPE). Também é Docente permanente do programa de pós-graduação em Ensino das Ciências (PPGEC) e no Doutorado em Ensino da Rede Nordeste de Ensino (RENOEN), ambos na UFRPE. Professor no curso de Especialização em Ensino de Astronomia da UFRPE. Coordena os grupos de pesquisas LEUTEQ (Laboratório para Educação Ubíqua e Tecnológica no Ensino de Química) e InPraMEQ (Investigação de Práticas Metodológicas no Ensino de Química) do diretório de grupos do CNPq e é pesquisador colaborador do Núcleo SEMENTE e da Rede Latino-Americana de Pesquisa em Educação Química (RELAPEQ). Tem experiência na área de Química e Ensino de Química: Em Química desenvolve pesquisas em Astroquímica e Química Computacional; Em Ensino de Química atua principalmente nas seguintes temáticas: (1) Tecnologias no Ensino de Química; (2) Metodologias Ativas, Aprendizagem Tecnológica Ativa, Gamificação e Ensino Híbrido; (3) processos e materiais educativos no Ensino de Ciências/Química; (4) Experimentação, divulgação científica e formação de professores. Atua como consultor ad hoc de periódicos especializados em Educação em Ciências/Química, nacionais e internacionais, e agências de fomento (CNPq, CAPES). Participou da Comissão Avaliadora de Livros Didáticos de Química do Ministério da Educação no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD 2021 - Objeto 1, 2 e 3; PNLD 2023 - Objeto 1 e 2). Participa com avaliador credenciamento e recredenciamento do Ministério da Educação (INEP). Na Sociedade Brasileira de Química (SBQ) é o atual diretor da Divisão de Ensino [mandato 2022-2024], foi vice-diretor desta mesma divisão [mandato 2020-2022], além de ter sido tesoureiro da Regional Pernambuco [mandatos 2016-2018, 2018-2020]. Foi representante da região nordeste na Comissão Nacional de Ensino de Química (2016-2018) que contribuiu para a criação da Sociedade Brasileira de Ensino de Química (SBEnQ) e fez parte da diretoria de comunicação da SBEnQ (2018-2020).

Publicado

2024-02-16

Como Citar

Agostinho Lopes, J., & Silva Leite, B. (2024). A PRESENÇA DE MEMES EM PROVAS DE CIÊNCIAS DA NATUREZA. Educação Em Revista, 40(40). Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/edrevista/article/view/44444

Edição

Seção

Artigos