Investigações iniciais sobre geografia fenomenológica
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-549X..24477Palavras-chave:
Edmund Husserl, Fenomenologia, Geografia humanista, Geografia fenomenológicaResumo
Neste artigo proponho iniciar uma investigação sobre a chamada “geografia fenomenológica” cunhada pela tradição humanista na geografia. Embora não tenha sido sistematicamente formulada – em toda sua complexidade e dificuldades – sem dúvida, nos foi deixado elementos suficientes para um exame crítico/analítico acerca da sua tímida tematização. Este trabalho terá como fundamento as teses formuladas por Lafaille (1986), especialmente em, La géographie phénoménologique et la tentation transcendantale, objetivando problematizar o que foi e propôs a anunciada geografia fenomenológica erguida pela tradição. É necessário advertir de antemão de que o objetivo deste artigo não tem pretensões de examinar os trabalhos atuais que promovem um aprofundamento fenomenológico na geografia ou mesmo a recente geografia fenomenológica brasileira.
Referências
AMORIM FILHO, Oswaldo B.. A evolução do pensamento geográfico e a fenomenologia. Sociedade & Natureza, Uberlândia, n. 21 e 22, p. 67-87, jan./dez. 1999.
BERNAL ARIAS, Diana Alexandra, A rosa do deserto: hidropoéticas do lugar no habitar contemporâneo. 120f. 2015 Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências – Campinas, SP.
DARDEL, Eric. O Homem e a Terra: natureza da realidade geográfica. Tradução de Werther Holzer. São Paulo: Perspectiva, 2011.
ENTRIKIN, J. Nicholas. Contemporary Humanism in Geography, Annals of the Association of American Geographers, v. 66, p. 4, p. 615-632, 1976.
FERREIRA, Rafael Bastos. As estruturas do mundo-da-vida e seu significado para a Geografia. Trabalho apresentado no XI Encontro Nacional da ANPEGE, Presidente Prudente/SP., 2015.
______. Husserl, mundo-da-vida e geografia. Rev. abordagem gestalt, Goiânia , v. 22, n. 2, p. 119-126, dez. 2016.
______. Fenomenologia da paisagem: prolegômenos de uma geografia das essências. Rev. Nufen: Phenom. Interd. Belém, v. 9, n. 2, p. 63-74, mai./ago., 2017.
GARRISON, James W.. Husserl, Galileo, and the Processes of Idealization. Synthese, v. 66, n. 2, p. 329–338, 1986.
GOMES, Paulo Cesar da Costa. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. GOTO, Tommy Akira. Fenomenologia, mundo-da-vida e crise das ciências: a necessidade de uma geografia fenomenológica. Geograficidade, v. 3, n. 2, p. 33-48, 2013.
GRATÃO, Lúcia Helena Batista. (À) Luz da imaginação! “O Rio” se revela na voz dos personagens do lugar-ARAGUAIA! Caderno de Geografia, Belo Horizonte, v. 17, n. 28, p. 89-120, 1º sem., 2007.
HABERMAS, Jürgen. Teoria do agir comunicativo. Vol. 2. Tradução de Paulo Astor. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012.
HOLZER, Werther. A Geografia Humanista: sua trajetória 1950-1990. Londrina: EDUEL, 2016.
______. A Geografia Humanista: uma revisão. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 3, p. 8- 19, 1996.
HEIDEGGER, Martin. Meu caminho na fenomenologia. Tradução Ana Falcato. Covilhã: LusoSofia, 2009.
HUSSERL, Edmund. A Ideia da Fenomenologia. Lisboa: Edições 70, 1989.
_____. Ideas Relativas a una Fenomenología Pura y una Filosofía Fenomenológica. Trad. José Gaos. México: Fondo de Cultura Económica, 1949.
_____. A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental: uma introdução à filosofia fenomenológica. São Paulo: Forense Universitária, 2012.
JOHNSON, Louise. (1983). Bracketing lifeworlds: Husserlian phenomenology as geographical Method. Australian Geographical Studies, v. 21, n. 1, p. 102-108, 1983.
KRAFT, Victor. Die Geographie als Wissenschaft. In: LAMPE, Felix. (Ed.) Enzyklopädie der Erdkunde. Leipzig/Vienna: Franz Deuticke. 1929. p. 1-22.
LAFAILLE, Richard. La géographie phénoménologique et la tentation transcendantale. Canadian Geographer/Le Géographe canadien, n. 30, p. 277-281, 1986.
______. La Geographie et ses marges. 1988. These du Doctorat. Faculte des Etudes Avancees et de la Recherche. McGill University.
MARANDOLA JR., Eduardo. Fenomenologia e pós-fenomenologia: alternâncias e projeções do fazer geográfico humanista na geografia contemporânea. Geograficidade, v. 3, n. 2, p. 49-64, 2013.
MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia – Vol. 1. Buenos Aires: Editorial Sudamericana, 1965.
PICKLES, John. Phenomenology, Science and Geography: spatiality and the human sciences; Cambridge Human Geography; Cambridge University Press: Cambridge, 1985.
POPPER, Karl. A miséria do historicismo. Tradutores de Octany S. da Mota & Leonidas Hegenberg. São Paulo: EDUSP, 1980
RELPH, Edward C.. An inquiry into the relations between phenomenology and geography,The Canadian Geographer/Le Géographe canadien, v. 14, n. 3, p. 193–201, set. 1970.
______. As bases fenomenológicas da Geografia. Geografia, Rio Claro, v. 4, n. 7, p. 1-25, 1979. SARTRE, Jean-Paul. Situations 1: essais critiques. Paris: Gallimard, 1947.
UNWIN, Tim. The Place of Geography. London: Longman, 1992.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Rafael Bastos Ferreira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os artigos desta revista obedecem a licença Creative Commons — Attribution 4.0 International — CC BY 4.0