MEMÓRIAS DE RESISTÊNCIA
Palavras-chave:
movimento estudantil, Ação Popular, ditadura militar no BrasilResumo
A primeira parte do artigo contém uma reflexão sobre o estatuto filosófico da memória, valendo-se principalmente das contribuições de Paul Ricouer, a quem perturbava o “inquietante espetáculo que apresentam o excesso de memória aqui, o excesso de esquecimento acolá”. A partir desse quadro teórico, recorda-se a sua atuação no movimento estudantil belo-horizontino, que teve na FAFICH um dos seus principais esteios — atuação iniciada em 1967, a qual o levou posteriormente a ingressar na organização de esquerda AP (Ação Popular), no âmbito da qual participou em muitos episódios de combate à ditadura militar, instalada em 1964 no Brasil, a qual entrava numa fase de recrudescimento da repressão em 1968 com a decretação do AI-5. Destacase nesse texto não apenas o interesse sócio-político do relato, mas também a sua contribuição para a memória do departamento de filosofia da FAFICH, na medida em que narra sobre a sua experiência, inicialmente, de aluno e, posteriormente de professor.
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Referências
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