O Lazer nas Diferentes Fases da Vida de Centenários

Autores

  • Maíra Naman Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
  • Inês Amanda Streit Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
  • Artur Rodrigues Fortunato Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
  • Alcyane Marinho Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
  • Giovana Zarpellon Mazo Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

DOI:

https://doi.org/10.35699/1981-3171.2017.1593

Palavras-chave:

Atividades de Lazer, Estágios do Ciclo de vida, Idoso de 80 Anos ou Mais

Resumo

O objetivo desse estudo é analisar o lazer nas diferentes fases da vida de centenários. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa e teve como participantes seis centenários (102,83±1,6) e seus respectivos cuidadores. O grupo foi selecionado a partir dos critérios de inclusão: ter idade igual ou superior a cem anos comprovada por documento, ter condições cognitivas preservadas e residir nos municípios da mesorregião Grande Florianópolis (SC). O instrumento utilizado foi o Protocolo de Avaliação Multidimensional do Idoso Centenário, sendo utilizados os Blocos 1, 3, 4 e 5. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo. Com relação às atividades realizadas no lazer, na infância as mais citadas envolviam movimento e na adolescência, destacaram-se as atividades sociais. Na fase adulta foram citadas atividades das categorias artística, social e turística, e, por sua vez, na velhice e na fase atual, observou-se a manutenção das atividades turísticas, ressaltando que, no decorrer da vida, observou-se uma diminuição considerável no lazer em todas as categorias.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, M. et al. Atividades de lazer entre idosos. Revista Baiana de Saúde Pública, Salvador, v. 29, n. 2, p.339-352, 2005.

BENETTI, M. Z. Estilo de vida de idosos centenários de Florianópolis, SC. 2011. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano) - Universidade do Estado de Santa Catarina, 2011.

BERTOLUCCI, P. H. F. et al. O miniexame do estado mental em uma população geral. Impacto da escolaridade. Arquivos de Neuropsiquiatria, São Paulo, n. 52, p. 1-7, 1994.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal; 1988. Disponível em: http://www.presidencia.gov.br/legislacao.

BRUCKI, S. M. D. et al. Sugestões para o uso do mini-exame do estado mental no Brasil. Arquivos de Neuropsiquiatria, São Paulo, v. 61, n. 3B, p. 777-81, 2003.

CAMARANO, A. A. Os Novos Idosos Brasileiros: Muito Além dos 60?. Rio de Janeiro: IPEA, 2004. 604 p.

CAMARANO, A. A.; KANSO, S. Envelhecimento da população brasileira, uma contribuição demográfica. In: FREITAS, V.; PY, L. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. p. 58-73.

CAMARGO, L. O. L. Educação para o lazer. São Paulo: Moderna, 1998.

CHO, J.; MARTIN, P.; POON, L. W. The older they are, the less successful they become? Findings from the Georgia Centenarian Study. Journal of aging research, New York, 2012.

DIAS, E. G.; DUARTE, Y. A. O.; LEBRÃO, M. L. Efeitos longitudinais das atividades avançadas de vida diária em idosos: implicações para a reabilitação gerontológica. O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 258-267, 2010.

DUMAZEDIER, J. Lazer e cultura popular. São Paulo: Perspectiva, 1973.

EVERARD, K.M. et al. Relationship of activity and social support to the functional health of older adults. The Journals of Gerontology Series B: Psychological Sciences and Social Sciences, Washington, v. 55, n.4, p.208-212, 2000.

FERNANDES, H. F. S. Os descendentes italianos e sua influência nas brincadeiras e jogos na cidade de Nova Veneza – SC. 2001. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física – Licenciatura) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, 2011.

FOLSTEIN, M. F.; FOLSTEIN, S. E.; MCHUGH, P. R. "Mini-mental state". A practical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. Journal of Psychiatric Research, Kidlington, v. 12, n. 3. p. 189-198, 1975.

GLASS, T. A. et al. Population based study of social and productive activities as predictors of survival among elderly Americans. British Medical Journal, London, v. 319, p. 478–483, 1999.

GOMES, C. L. Lazer: necessidade humana e dimensão da cultura. Revista Brasileira de Estudos do Lazer, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 3-20, 2014.

IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de indicadores sociais – Uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1> . Acesso em: 06 nov. 2013.

JANNEY, C. A. et al. Longitudinal physical activity changes in older men in the osteoporotic fractures in men study. Journal of the American Geriatrics Society, Hoboken, v. 58, n. 6, p. 1128-1133, 2010.

JINZENJI, M. Y.; GALVÃO, A. M.; SILVA, S. A. Memórias sobre a infância no meio rural: a escola e os outros espaços de sociabilidade (Minas Gerais - Brasil, 1920-1950). Revista Portuguesa de Educação, Monte, v. 25, n. 2, 2012.

LAGER (Universidade do Estado de Santa Catarina). Laboratório de Gerontologia. Protocolo de Avaliação Multidimensional do Idoso Centenário. 2015. Disponível em: http://www.cefid.udesc.br/arquivos/id_submenu/2017/protocolo_geral_do_idoso_cente nario.pdf. Acesso em: 31 maio 2015.

LONGARAI, R. Hábitos pregressos de atividade física em centenários de Porto Alegre. 2005 (Mestrado em Gerontologia Biomédica). Programa de Pós Graduação em Biomedicina. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2005.

MARCELLINO, N. C. Lazer e cultura: algumas aproximações. In: MARCELLINO, N. C. Lazer e cultura. Campinas: Alínea, 2007. p. 9-30.

________. Lazer e Humanização. 9. ed. Campinas: Papirus, 2008.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento. 11 ed. São Paulo: Hucitec, 2008.

PAGANINI-HILL, A. P.; KAWAS, C. H.; CORRADA, M. M. Activities and Mortality in the Elderly: The Leisure World Cohort Study. The Journals of Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, Washington, v. 66, n. 5, p. 559–567, 2011.

PONTES, F.; MAGALHÃES, C. A Transmissão da Cultura da Brincadeira: algumas possibilidades de investigação. Psicologia: Reflexão e Crítica, v.16, n. 2, p. 117-124, 2003.

SANTOS, P. et al. Atividades no lazer e qualidade de vida de idosos de um programa de extensão universitária em Florianópolis (SC). Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, Pelotas, v. 19, n. 4, p. 494-503, 2014.

SCARMEAS, N. et al. Influence of leisure activity on the incidence of Alzheimer’s. Neurology, Philadelphia, v. 57, n. 12, p. 2236-2242, 2001.

SCHRADER, S. Centenarians’ Views on Long Life and Nursing Home Living. Journal of the American Medical Directors Association, New York, v. 9, p. 45–50, 2008.

SINGER, D. G.; SINGER, J. T. Imaginação e jogos na era eletrônica. Porto Alegre: Artmed, 2007.

STREIT, I. A. Idosos centenários: nível de atividade física e hábitos de lazer. 2013 (Dissertação de mestrado em Ciências do Movimento Humano). Programa de Pós- graduação em Ciências do Movimento Humano, UDESC, 2013.

TIGANI, X. et al. Self-rated health in centenarians: A nation-wide cross-sectional Greek study. Archives of gerontology and geriatrics, Clare, v. 54, n. 3, p. e342-e348, 2012.

TONUCCI, Francesco. Quando as crianças dizem: agora chega! Porto Alegre: ARTMED, 2005.

VEEN, W.; WRAKKING, B. Educação na era digital. Pátio Educação Infantil, Porto Alegre, v.19, n. 28, p. 4-7, jul./set. 2011.

UNITED NATIONS (Org.). Word urbanization prospects, the 2014 revision. 2015. Disponível em: http://esa.un.org/unpd/wup/CD-ROM/ . Acesso em: 12 dez. 2015.

WANG, H. X. et al. Late Life Leisure Activities and Risk of Cognitive Decline. The Journals of Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, Washington, v. 68, n. 2, p. 205-213, 2013.

WANG, H. X. et al. Late-life engagement in social and leisure activities is associated with a decreased risk of dementia: a longitudinal study from the Kungsholmen project. American Journal of Epidemiology, Cary, v. 155, p.1081-1087, 2002.

WHO. World Health Organization. World report on Ageing and Health. 2015. Disponível em: http://www.who.int/kobe_centre/mediacentre/world_report_on_ageing_and_health_eng. pdf . Acesso em: 12 dez. 2015.

WONG, W. P. et al. The well-being of community-dwelling near-centenarians and centenarians in Hong Kong a qualitative study. BMC Geriatrics, London, v. 14, p. 1-8, 2014.

ZHANG, Z. Gender Differentials in Cognitive Impairment and Decline of the Oldest Old in China. The Journals of Gerontology Series B: Psychological Sciences and Social Sciences, Washington, v. 61, n. 2, p. 107-115, 2006.

Downloads

Publicado

2017-03-28

Como Citar

Naman, M., Streit, I. A., Fortunato, A. R., Marinho, A., & Mazo, G. Z. (2017). O Lazer nas Diferentes Fases da Vida de Centenários. LICERE - Revista Do Programa De Pós-graduação Interdisciplinar Em Estudos Do Lazer, 20(1), 201–220. https://doi.org/10.35699/1981-3171.2017.1593

Edição

Seção

Artigos Originais