O Lazer de Interesse Físico/Esportivo no Cotidiano Infantil e sua Interface com a Saúde
DOI:
https://doi.org/10.35699/1981-3171.2012.734Palabras clave:
Criança, Atividades de Lazer, SaúdeResumen
A investigação objetivou analisar as atividades de lazer de crianças de 8 a 10 anos de uma escola pública em Campo Grande - MS. Especificamente buscou investigar os tipos de Atividades de Lazer Fisicamente Ativas (ALFA’s) e os tipos de Atividades de Lazer Fisicamente Passivas (ALFP’s); analisar o tempo destinado as ALFA’s e as ALFP’s; discutir as implicações do tipo de atividade de lazer à saúde e investigar o tipo de atividades no lazer de meninos e meninas. O estudo foi do tipo descritivo/exploratório, com 30 crianças entre 8 e 10 anos, de ambos os sexos. Os resultados indicam que as crianças se envolveram por mais tempo com as ALFP’s do que com as ALFA’s, sendo as ALFP’s mais frequentes entre as meninas e as ALFA’s entre os meninos. Conclui-se que a inatividade física (gênero contemplativo) predomina entre as vivências de lazer das crianças avaliadas, sendo observada interferência do gênero (masculino/feminino) sobre as oportunidades e tipos de lazer.
Referencias
ADELMAN, Miriam. Mulheres atletas: re-significações da corporalidade feminina. Revista Estudos Feministas, v. 11, n. 2, p. 445-465, julho/dez. 2003.
ANDERSEN, L. B. et al. Physical activity and clustered cardiovascular risk in children: a crosssectional study (The European Youth Heart Study). Lancet, v. 368, n. 9532, p. 299-304, 2006.
BARUKI, S. B. S. et al. Associação entre estado nutricional e atividade física em escolares da Rede Municipal de Ensino em Corumbá-MS. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 12, n. 2, p. 90-94, mar.-abr. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbme/v12n2/v12n2a07.pdf. Acesso em: 17 out. 2010.
BERRIGAN, D. et al. Active transportation increases adherence to activity recommendations. Am. J. Prev. Med., v. 31, p. 210-216, 2006.
BLAIR, S. et al. Exercise and finess in childhood: implications for a lifetime of health. In: GISOLFI, C. V.; LAM, D. R. (Org.). Perpectives in exercise science and sports medicine. 2 ed. Indianapólis: Benchmark, 1989. p. 401-430.
BURGOS, M. S.; GAYA, A. C. O lazer e as atividades lúdico-desportivas qualificados pelos hábitos de vida: uma resposta do contexto sociocultural. Cinergis, Santa Cruz do Sul, v. 2, n. 1, p. 115-141, 2001.
CAMARGO, L. O. de L. O que é lazer. São Paulo: Brasiliense, 1986.
CAMÕES, M.; LOPES, C. Fatores associados à atividade física na população portuguesa. Revista Saúde Pública, v. 42, n. 2, p. 208-216, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v42n2/6378.pdf. Acesso em: 01 jan. 2011.
CAMPOS, L. F.; GOMES, J. M.; OLIVEIRA, J. C. Obesidade infantil, actividade física e sedentarismo em crianças do 1º ciclo do ensino básico da cidade de Bragança (6 a 9 anos). Motricidade, v. 4, n. 3, p. 17-24, set. 2008. Disponível em:
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/mot/v4n3/v4n3a04.pdf. Acesso em: 18 dez. 2010.
CESCHINI F. L. et al. Prevalence of physical inactivity and associated factors among high school students from state’s public schools. Jornal de Pediatria, Rio Janeiro, v. 85, n. 4, p. 301-306, 2009.
DUCA, G. F. D. et al. Associação entre nível econômico e inatividade física em diferentes domínios. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 14, n. 2, p. 123-131, 2009. Disponível em: http://www.sbafs.org.br/_artigos/240.pdf. Acesso em: 02 jan. 2011.
DUMAZEDIER, J. Valores e conteúdos culturais do lazer. São Paulo: SESC, 1980.
EKELUND, U. et al. TV viewing and physical activity are independently associated with metabolic risk in children: The European Youth Study. PLos Medicine, v. 3, n. 12, p. 1949-1956, 2006.
FARIA, M. C. M. et al. Atividades motoras cotidianas e suas influências no desenvolvimento de pré-escolares. Revista Movimento, Porto Alegre, v. 16, n. 1, p. 1- 8, 2010. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/4991/7520. Acesso em: 02 jan. 2011.
FARIAS JUNIOR, J. D.; PIRES, M. C.; LOPES, A. S. Medidas de atividades físicas em crianças: idade escolar (7 a 13 anos). In: BARROS, M. V. G.; NAHAS, M. V. (Org.). Medidas da atividade física: Teoria e aplicação em diversos grupos populacionais. Londrina: Midiograf, 2003. p. 59-70.
FIATES, G. M. R.; AMBONI, R. D. M. C.; TEIXEIRA, E. Comportamento consumidor, hábitos alimentares e consumo de televisão por escolares de Florianópolis.
Revista de Nutrição, Campinas, v. 21, n. 1, p. 105-114, jan.-fev. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rn/v21n1/a11v21n1.pdf. Acesso em: 29 nov. 2009.
FLORINDO, A. A. F. et al. Prática de atividades físicas e fatores associados em adultos, Brasil, 2006. Revista Saúde Pública, v. 43, Supl. 2, p. 65-73, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v43s2/ao797.pdf. Acesso em: 03 jan. 2011.
GARRETT, N. A. et al. Physical inactivity direct cost to a health plan. Am. J. Prev. Med., v. 27, n. 4, p. 304-309, 2004.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GIUGLIANO, R.; CARNEIRO, E. Fatores associados à obesidade em escolares. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 80, n. 1, p. 17-22, jan.-fev. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n1/v80n1a05.pdf. Acesso em: 03 out. 2009.
GOELLNER, S. V. Mulher e esporte no Brasil: entre incentivos e interdições elas fazem história. Pensar a prática, v. 8, n. 1, p. 85-100, janeiro/jun. 2005.
GOMES, P. B.; MARQUES, A. I.; NUNES, M. Estereótipos femininos e masculinos de jogos do recreio escolar: estudo em crianças de diferentes contextos culturais. In: GOMES, P. B.; CRUZ, I. (Org.). Mulheres e desporto: agir para a mudança. Lisboa: Associação Portuguesa a mulher e o desporto, 2005. p. 36.75.
JEVONESI, J. F. et al. Perfil de atividade física em escolares da rede pública de diferentes estados nutricionais. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Taguatinga, v. 11, n. 4, p. 57-62, out.-dez. 2003. Disponível em: http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/527/551. Acesso em: 30 nov. 2009.
MARCELLINO, N. C. Estudos do lazer: uma introdução. São Paulo: Autores Associados, 2002.
________. Pedagogia da animação. 6. ed. Campinas: Papirus, 2004.
MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MARTINS, T. G. et al. . Inatividade física no lazer de adultos e fatores associados. Revista Saúde Pública, v. 43, n. 5, p. 814-824, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/2009nahead/553.pdf. Acesso em: 03 jan. 2011.
MOLINA, M. D. C. B. et al. Fatores de risco cardiovascular em crianças de 7 a 10 anos de área urbana, Vitória, Espírito Santo, Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 26, n. 5, p. 909- 917, 2010.
OLIVEIRA, C. L. de; FISBERG, M. Obesidade na infância e adolescência: uma verdadeira epidemia. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo, v. 47, n. 2, p. 107-108, 2003. Disponível em: http://www.abeso.org.br/pdf/set/Ob%20infancia%20%20e%20adolescencia%20epidem. pdf. Acesso em: 16 nov. 2010.
OLIVEIRA, S. L. Tratado de metodologia científica. 2. ed. São Paulo, SP: Pioneira, 2002.
OLIVEIRA, T. C. de et al. Atividade física e sedentarismo em escolares da rede pública e privada de ensino em São Luís. Rev. Saúde Pública, v. 44, n. 6, p. 996-1004, 2010.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. São Paulo: Zahar, 1971.
POMAR, C.; CARLOS NETO. Percepção da apropriação e do desempenho motor de gênero em actividades lúdico-motoras. In: CARLOS NETO (Org). Jogo & desenvolvimento da criança. Cruz Quebrada: FMH, 2003. p. 178-205.
RANGEL, I. C. A; DARIDO, S. C. Jogos e brincadeiras. In: DARIDO, S. C.; RANGEL I. C. A. (Orgs). Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 155-175.
RIBEIRO, R. Q. C. et al. Fatores adicionais de risco cardiovascular associados ao excesso de peso em crianças e adolescentes. O estudo do coração de Belo Horizonte. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v. 86, n. 6, p. 408-418, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abc/v86n6/29873.pdf. Acesso em: 17 nov. 20.
RIVERA, I. R. et al. Atividade Física, Horas de Assistência à TV e Composição Corporal em Crianças e Adolescentes. Arq. Bras. Cardiol., v. 95, n. 2, p. 159-165, 2010.
ROJAS, J. Jogos, brinquedos e brincadeiras: a linguagem lúdica formativa na cultura da criança. Campo Grande: UFMS, 2007.
SAMPAIO, T. M. V. Avançar sobre Possibilidades: horizontes de uma reflexão ecoepistêmica para redimensionar o debate sobre os esportes. In: MOREIRA, W. W.; SIMÕES, R. (Org.). Esporte como fator de qualidade de vida. Piracicaba: Unimep, 2002. p. 85-99.
SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretrizes de prevenção da aterosclerose na infância e adolescência. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v. 85, Supp 6, p. 3-36, dez. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abc/v85s6/v85s6a01.pdf. Acesso em: 03 dez. 2009.
SBME – Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Atividade física e saúde na infância e adolescência. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 4, n. 4, p. 107-109, 1998.
SCHWARTZ, G. M. O conteúdo virtual do lazer: contemporizando Dumazedier. Licere, Belo Horizonte, v. 6, n. 2, p. 23-31, 2003.
SILVA, A. J. et al. A prevalência do excesso de peso e da obesidade entre crianças portuguesas. Fitness & Performance Journal, Rio Janeiro, v. 7, v. 5, p. 301-305, 2008. Disponível em: http://www.fpjournal.org.br/painel/arquivos/1147-3_Prevalencia_de_excesso_de_peso_Rev5_2008_Portugues.pdf. Acesso em: 04 jan. 2011.
SILVA, D. A. S. et al. Nível de atividade física e comportamento sedentário em escolares. Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano, Florianópolis, v. 11, n. 3, p. 299-306, 2009. Disponível em:
http://www.rbcdh.ufsc.br/DownloadArtigo.do?artigo=510. Acesso em: 15 dez. 2010.
SILVA, D. A. S.; SILVA, R. J. dos S. Padrão de atividade física no lazer e fatores associados em estudantes de Aracaju-SE. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 13, n. 2, p. 94-101, 2008. Disponível em:
http://www.sbafs.org.br/_artigos/68.pdf. Acesso em: 20 dez. 2010.
SILVA, J. V. P.; MARCELLINO, N. C.; TOLOCKA, R. E. Formulário de atividades de lazer para pré-púberes. In: ENCONTRO NACIONAL DE RECREAÇÃO E LAZER, 16., 2004, Salvador. Anais... Salvador: UFBA; 2004. v. 1, p. 511-518.
________.; NUNEZ, P. R. M. A cidade, a criança e o limite geográfico para os jogos/brincadeiras. Licere, Belo Horizonte, v. 11, n. 3, p. 1-14, 2008. Disponível em: http://www.anima.eefd.ufrj.br/licere/pdf/licereV11N03_a3.pdf. Acesso em: 13 nov. 2009.
SILVA, K. S.; LOPES, A. S.; SILVA, F. M. Atividade física no deslocamento à escola e no tempo livre em crianças e adolescentes da cidade de João Pessoa, PB, Brasil. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Taguatinga, v. 15, n. 3, p. 61-70, 2007. Disponível em: http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/761/764. Acesso em: 30 dez. 2009.
SILVA, M. P. et al. Comportamento sedentário relacionado ao sobrepeso e à obesidade em crianças e adolescentes. Pensar a Prática, Goiânia, v. 13, n. 2, p. 1-15, 2010. Disponível em: http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/view/6709. Acesso em: 14 jul. 2011.
SIMÕES, A. C.; CONCEIÇÃO, P. F. M.; NERY, M. A. da C. Mulher, Esporte, Sexo e Hipocrisia. In: SIMÕES, A. C.; KNIJNIK, J. D. (Orgs.). O mundo psicossocial da mulher no esporte: comportamento, gênero, desempenho. São Paulo: Aleph, 2004. p. 61-86.
SOUZA JUNIOR, J. G. de; VILELA JÚNIOR, G. de B.; TOLOCKA, R. E. Mudanças ocorridas na cidade de Uberaba – MS e suas possíveis influências no lazer infantil. Licere, Belo Horizonte, v.13, n.3, p. 1-21, set. 2010. Disponível em: http://www.anima.eefd.ufrj.br/licere/pdf/licereV13N03_a5.pdf. Acesso em: 21 dez. 2010.
STETTLER, N.; SINGER, T. M.; SUTER, P. M. Electronic games and environmental factors associated with childhood obesity in Switzerland. Obes. Res., v. 12, v. 6, p. 896- 903, 2004.
TAMMELIN, T. et al. Physical activity and sedentary behaviors among Finnish youth. Med. Sci. Sports Exerc., v. 39, p. 1067-1074, 2007.
TEIXEIRA E SEABRA, A. F. et al. Age and sex differences in physical activity of Portuguese adolescents. Med. Sci. Sports Exerc., v. 40, p. 65-70, 2008.
THOMAS, J. R.; NELSON, J. K. Métodos de pesquisa em atividade física. Porto Alegre: ArtMed, 2008.
TOLOCKA, R. E.; BROLLO, A. L. Atividades físicas em instituições de ensino infantil: uma abordagem bioecológica. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, Florianópolis, v. 12, n. 2, p. 140-147, 2010. Disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/9303/11593. Acesso em: 15 nov. 2010.
________. et al. Como brincar pode auxiliar no desenvolvimento de crianças pré- escolares. Licere, Belo Horizonte, v. 12, n. 1, p. 1-10, 2009. Disponível em: http://www.anima.eefd.ufrj.br/licere/pdf/licereV12N01_a5.pdf. Acesso em: 18 dez. 2010.