Natureza e Paisagem

A Dupla Face da Montanha

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.35699/2447-6218.2024.53446

Palabras clave:

Montanha, Natureza, Paisagem, Experiência estética paisagística

Resumen

Por que admiramos e subimos montanhas? Para discutir essa questão, iniciamos esclarecendo as diferenças conceituais entre natureza e paisagem e como se dá a experiência estética paisagística, subjetiva e objetiva ao mesmo tempo, com o apoio da Filosofia da Paisagem. Na sequência, com base na historiografia da paisagem e na literatura da arte, narramos a invenção cultural da montanha no imaginário universal, no qual afirmou-se como uma realidade compósita, natureza e paisagem. Essa condição a faz admirada e visitada tanto pelos seus atributos naturais quanto pelos imateriais e afetivos. Dá-lhe também um valor estratégico: subir montanhas é uma experiência física e estética que nos incita a pensar, enriquece os nossos sentidos e imaginação, fundamentais para a nossa consciência de mundo. Do seu alto alcançamos tanto belezas quanto destruição e isso nos conduz a posicionamentos éticos. A decisão, em paisagem, é topológica.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ASSUNTO, Rosario. A paisagem e a estética. In: SERRÃO, Adriana Veríssimo. Filosofia da paisagem. Uma antologia. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2013. p. 341-376.

BACHELARD, Gaston. A Terra e os devaneios da vontade. Ensaio sobre a imaginação das forças. São Paulo: Martins Fontes, 2019.

BARTALINI, Vladmir. Petrarca é o culpado. In: Vitruvius, ano 01, dez. 2007. Disponível em https://vitruvius.com.br/index.php/revistas/read/arquiteturismo/01.010/1386. Acesso em: 12 fev. 2024.

BERLEANT, Arnold. Living in the landscape. Toward an Aesthetics of Environment. Lawrence: University Press of Kansas, 1997.

BESSA, Altamiro Sergio Mol. Paisagens em mundos sensíveis. Entre a sutileza e a usura. In: BESSA, Altamiro Sergio Mol (org.). A unidade múltipla. Ensaios sobre a paisagem. Belo Horizonte: Editora do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFMG, 2021. p. 26-61.

BESSE, Jean-Marc. Ver a Terra. Seis ensaios sobre a paisagem e a geografia. São Paulo: Perspectiva, 2006.

CAUQUELIN, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

CHENG, Anne. História do pensamento chinês. Petrópolis: Editora Vozes, 2008a.

CHENG, François. Vacío y plenitude. El linguaje de la pintura china. Madrid: Ediciones Siruela, 2008b.

ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. A essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

HERKENHOFF, Paulo; FREIRE, Priscila. Guignard e o Oriente. China, Japão e Minas. São Paulo: Instituto Tomie Ohtake, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, 2010.

ROGER, Alan. Breve tratado del paisaje. Madrid: Editorial Biblioteca Nueva, 2007.

SCHAMA, Simon. Paisagem e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

SERRÃO, Adriana Veríssimo. Filosofia da paisagem. Uma antologia. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2013.

SIMMEL, Georg. A filosofia da paisagem. In: SERRÃO, Adriana Veríssimo. Filosofia da paisagem. Uma antologia. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2013. p. 41-51.

SOUZA, Laura de Mello. O Jardim das Hespérides. Minas e as visões do mundo natural no século XVIII. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

TORRES, João Camillo de Oliveira. O homem e a montanha: introdução ao estudo das influências da situação geográfica para a formação do espírito mineiro. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

Publicado

2024-07-18

Cómo citar

Bessa, A. S. M. (2024). Natureza e Paisagem: A Dupla Face da Montanha. LICERE - Revista Do Programa De Pós-graduação Interdisciplinar Em Estudos Do Lazer, 27(2). https://doi.org/10.35699/2447-6218.2024.53446

Número

Sección

Artigos Originais