O Capital Humano no Contexto do Biopoder

O Tempo Livre Vigiado e Consumido

Autores

  • Marcela Andresa Semeghini Pereira Universidade de Marília (UNIMAR)

DOI:

https://doi.org/10.35699/1981-3171.2015.1137

Palavras-chave:

Poder (Psicologia), Atividades de Lazer

Resumo

O presente artigo versou sobre o biopoder, denominação proposta por Michel Foucault, que traz reflexões sobre ações disciplinares e vigilantes que interferem nas características vitais da existência humana. Foucault considera o poder disciplinar como método fundamental para a implantação do capitalismo industrial e da sociedade que ele dá origem e o desenvolvimento e exercício deste não deve ser dissociado da consolidação de aparatos particulares de conhecimento e da formação das ciências humanas. O saber também é um instrumento de poder que criou técnicas para disciplinar o corpo individual do trabalhador, técnicas de racionalização e de economia estrita de um poder que deveria se exercer mediante todo um sistema de vigilância, de hierarquias, de inspeções, ou seja, uma tecnologia disciplinar para dar suporte ao mundo do trabalho. O lazer, como tempo de vida e reflexão crítica ao biopoder implica fruição da vida humano-genérica, isto é, vida social plena de relações humanas interpessoais e é também o principal momento de desenvolvimento das potencialidades do homem. Concluiu-se que direito precisa garantir o lazer, notando mais a humanidade e dar-se conta de que, o seu principal foco são os seres humanos, além de que o trabalhador necessita despertar sua humanidade. O método utilizado foi o dedutivo, com pesquisa bibliográfica em livros de sociologia, filosofia e política.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2008.

ALVES, Giovanni. Dimensões da Precarização do trabalho: ensaios de sociologia do trabalho. Bauru: Canal6, 2013.

ARENDT, Hannah. A condição humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.

BACAL. Sarah. Lazer e o Universo dos Possíveis. São Paulo: Aleph, 2003.

CANDIOTTO, Cesar. A governamentalidade política no pensamento de Foucault. Filosofia Unisinos, jan/abr 2010, p. 33-43.

DUMAZEDIER, Joffre. Lazer e Cultura Popular. São Paulo: Perspectiva, 1973.

FOUCAULT, M. Em Defesa da Sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

________. Nascimento da Biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2008a.

________. Segurança,Território, População. São Paulo: Martins Fontes, 2008b.

________. Historia da Sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.

________. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1986.

GAULEJAC, Vincent de. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. Aparecida: Idéias e Letras, 2007.

LAFARGUE, Paul. Direito à Preguiça. 2. ed. São Paulo: Hucitec; Unesp, 2007.

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e educação. 3. ed. Campinas: Papirus, 1995.

MEDEIROS, Ethel Bauzer. O lazer no planejamento urbano. Rio de Janeiro: FGV, 1971.

NEGRI, Antonio, HARDT, Michael. Império. Rio de Janeiro: Editora Record, 2006.

________. Multidão – Guerra e democracia na era do Império. Rio de Janeiro/São Paulo, 2005.

________. 5 Lições sobre O Império. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2003.

REQUIXA, Renato. Sugestões de diretrizes para uma política nacional de lazer. São Paulo: SESC, 1980.

SZANIECKI, Barbara. Estética da Multidão. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.

Downloads

Publicado

2015-10-21

Como Citar

Pereira, M. A. S. (2015). O Capital Humano no Contexto do Biopoder: O Tempo Livre Vigiado e Consumido. LICERE - Revista Do Programa De Pós-graduação Interdisciplinar Em Estudos Do Lazer, 18(3), 305–330. https://doi.org/10.35699/1981-3171.2015.1137

Edição

Seção

Artigos de Revisão