Caracterização da Prática Esportiva/Recreativa do Skate em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.35699/1981-3171.2015.1160Palavras-chave:
Atividades de lazer, Esportes, PatinaçãoResumo
Caracterizamos a prática do skate a partir do entendimento de seus praticantes. A amostra foi constituída por 184 skatistas entre 16 e 60 anos de idade, em pistas de Maringá-PR, Porto Alegre- RS e São Bernardo do Campo- SP, em pesquisa tipo survey. Dentre os aspectos que caracterizam o skate, 70% da amostra tomam o skate como opção de lazer, uma vez que a diversão (79%) é o motivo à prática mais citado. Embora só 16% consentiram que fazem parte de alguma “tribo” de praticantes, 33% afirmaram já ter sofrido algum tipo de preconceito. À análise percebemos que não há muitos consensos sedimentados entre os skatistas, mesmo dentro de cada modalidade. A caracterização dos sujeitos e da prática varia a partir de traços ora regionais ora geracionais. Em conclusão, os resultados permitem questionar afirmações mitificadas sobre essa atividade de aventura.
Downloads
Referências
BALBIM, G. M; FILHO, K.N; JUNIOR, E. G. Percepção dos skatistas do estilo “street” da cidade de Maringá-PR em relação a estrutura dos locais de prática. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADE DE AVENTURA, 5, 2010, São
Bernardo do Campo. Anais... CBAA, 2010, p. 140-165.
BALBIM, G. M.; OLIVEIRA, R. M. S. B.; PIMENTEL, G. G. A. Instrumento GEL/2009 de pesquisa sobre atividades de aventura. In: ENCONTRO DE LAZER DO PARANÁ, 4, 2009, Marechal Cândido Rondon: Unioeste. Anais... ELAP. 2009. v. 1. p. 1-6.
BASTOS, B. C. Estilo de vida e trajetórias sociais de skatistas; da “vizinhança” ao “corre”. 2006. 174f. Tese (Mestrado)-Escola de Educação Física. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2006.
BITENCOURT, V.; AMORIM, S. Skate. In: DACOSTA, L. P. (Org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005.
DATAFOLHA. Praticantes de skate: penetração nos lares 2009. Instituto de Pesquisa Datafolha, Opinião Pública, dossiês. Disponível em http://www.cbsk.com.br . Acesso em: 10 mar. 2015.
DIAS, C. A. G. Notas e definições sobre esporte, lazer e natureza. Licere, Belo Horizonte, v. 10, n. 3, p. 1-36, 2007.
DIAS, C. A. G.; MELO, V.; ALVES JÚNIOR, E. D. Os estudos dos esportes na natureza: desafios teóricos e conceituais. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. Porto, v. 7, p. 65-95, 2007.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2000.
GALLIANO, L. M; MAYER, S. Motivos que levam os skatistas à prática do esporte: um estudo comparativo entre os estados do Paraná e Rio Grande do Sul. In: FIEP Bulletin, 2009. Anais... Congresso Internacional de Educação Física.
IBGE. Regiões de Influência das Cidades 2007. Disponível em: http://www.ibge.gov.br Acesso em: 10 mar. 2015.
MACHADO, G. M. C. As mulheres e o “carrinho”: gênero e corporalidade entre os skatistas. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL FAZENDO GÊNERO 10, 2013, Florianópolis. Anais...Florianópolis, 2013.
MAFFESOLI, M. Sobre o nomadismo: vagabundagens pós-modernas. Rio de Janeiro: Record, 2001.
MAGNANI, J. G. C. Tribos urbanas. Cadernos de Campo, v.2, n. 2, São Paulo, 1992.
MARINHO, A. Lazer, aventura e risco: reflexões sobre atividades realizadas na natureza. Movimento. Porto Alegre, v. 14, n. 2, p. 181-206, 2008.
PAIXÃO, J. A. Práticas aventureiras de skatistas em espaços urbanos ressignificados. Licere, Belo Horizonte. v. 17, n. 2, p. 147-164, jun. 2014.
PEREIRA, D. W. Perfil de skatista do parque da juventude em São Paulo. IN: CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADES DE AVENTURA,1, 2006, Balneário Camboriú/SC. Anais... CBAA, 2006.
________; AMBRUST, I. Pedagogia da aventura: os esportes radicais, de aventura e de ação na escola. Jundiaí: Fontoura, 2010
________; ARMBRUST, I; RICARDO, D. P. Esportes radicais de aventura e ação, conceitos, classificações e características. Corpoconsciência, Santo André, v. 12, n. 1, p. 37-55, 2008.
PETRONE, K. “You have to hit a couple times”. The role of conflict in learning how to “be” a skateboard. Teaching and TeacherEducation, Nebraska, v. 26, p. 119-127, 2010.
PIMENTEL, G. G. A. Esportes na natureza e atividades de aventura: uma terminologia aporética. Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Porto Alegre, v. 35, n. 3, 2013
PIMENTEL, G. G. A.; SAITO, C. F. Caracterização da demanda potencial por atividade de aventura. Motriz, Rio Claro, v. 16, p. 152-161, 2010.
PORTER, N. L. Female skateboarders and their negotiation of space and identity.Master thesis in Communication Studies, Concordia University, 2003.
REINHART, K. “I ollied the Berlin wall”. Skateboarding in socialist east Germany, Stadion, Sankt Augustin, v.36, p. 157-176, 2010.
SILVA, J. A. A. Política de esporte e lazer como educação emancipatória da juventude: contradições e possibilidades das políticas democráticas e populares. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal da Bahia, 2005.
TUAN , Y. F. Espaço e lugar a perspectiva da experiência. São Paulo: Difel, 1983. UVINHA, R. R. Juventude, lazer e esportes radicais. São Paulo: Manole, 2001.
