O Lazer e o Tempo do não Trabalho no Capitalismo

As Ilusões do Consumo

Auteurs

  • José Montanha Soares Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal

DOI :

https://doi.org/10.35699/1981-3171.2019.15351

Mots-clés :

Atividades de Lazer, Consumo, Tempo de Não Trabalho

Résumé

A sociedade organizou-se social e economicamente tendo a categoria trabalho como seu alicerce. Em sua centralidade, o trabalho nos humanizou e nos desumanizou, nos liberou dos limites impostos pela natureza, mas ao mesmo tempo nos aprisionou na era do valor e do consumo, no capitalismo. Em uma sociedade de produção maciça, o tempo de não trabalhar é em grande medida um tempo de consumo. O direito ao tempo livre foi uma das reivindicações da classe trabalhadora brasileira a partir da promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943. Nos tempos atuais, o lazer é visto como um tempo de fruição e do prazer individual, alicerçado no mito do bem-estar. Diante do cenário apresentado, o objetivo deste artigo é colocar em questão a sociedade fundamentada no consumo e no trabalho, tendo em vista que o lazer também se enquadra como uma forma de apropriação do tempo de não trabalho por parte do capital.

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Publiée

2019-09-27

Comment citer

Soares, J. M. (2019). O Lazer e o Tempo do não Trabalho no Capitalismo: As Ilusões do Consumo. LICERE - Revista Do Programa De Pós-graduação Interdisciplinar Em Estudos Do Lazer, 22(3), 603–622. https://doi.org/10.35699/1981-3171.2019.15351

Numéro

Rubrique

Artigos de Revisão