O Lazer da Pessoa com Deficiência Física em Belo Horizonte
Um Estudo Preliminar
DOI :
https://doi.org/10.35699/1981-3171.2019.16272Mots-clés :
Atividades de Lazer, Pessoa com Deficiência, Participação Social, BarreirasRésumé
O objetivo dessa pesquisa foi compreender as formas pelas quais as pessoas com deficiência física se engajam em atividades de Esporte e Lazer na cidade de Belo Horizonte (MG). Participaram deste estudo qualitativo transversal 10 pessoas com deficiência física, cadeirantes, selecionadas pelo método de bola de neve. Os participantes foram entrevistados e as entrevistas analisadas por meio da construção interpretativa e dialógica das falas. Os resultados apontam que pessoas com deficiência física, em Belo Horizonte, enfrentam diversas barreiras para participar de atividades de lazer. Podemos concluir que a deficiência não está ligada apenas a atributos físicos da pessoa, mas também diz respeito ao meio ao qual ela está inserida. Os resultados podem ser úteis para avaliação e criação de políticas públicas de Esporte e Lazer, a fim de questionar e aprofundar o conhecimento sobre o tema com uma perspectiva regional e nacional.
Références
ALMEIDA, S, P. A; BARTHOLOMEI, C. L. Acessibilidade de “cadeirantes” no espaço de ensino público: UNESP, campus de presidente prudente–sp. Revista tópos, v. 5, n. 2, p. 21-46, 2011.
ARAÚJO, P. F. D. Desporto adaptado no Brasil. São Paulo: Phorte, 2011.
BADIA, M. et al. Relationships between leisure participation and quality of life of people with developmental disabilities. Journal of applied research in intellectual disabilities: JARID, v. 26, n. 1995, p. 533–45, 2013.
BRAJŠA-ŽGANEC, A; MERKAŠ, M; ŠVERKO, I. Quality of life and leisure activities: How do leisure activities contribute to subjective well-being? Social Indicators Research, v. 102, n. 1, p. 81 -91, 2011.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 06 de Julho de 2015. Dispõe sobre o “Estatuto da Pessoa com Deficiência”. Brasília, 2015
CASSAPIAN, M. R., RECHIA, S. Lazer para todos? Análise de acessibilidade de alguns parques de Curitiba – Pr. Cad. Ter. Ocup, UFSCar, São Carlos, v. 22, n. 1, p. 25-38, 2014.
COLEMAN, J. S. Relational analysis: The study of social organizations with survey methods. Human Organization, 17:28–36, 1958.
CORRALES C. M. S.; CASTRO, E. D. Passear e Participar: O Lazer Ampliando a Circulação Social de Pessoas Com Deficiência. Licere, Belo Horizonte, v.19, n.3, set/2016.
DUARTE, C. R; COHEN, R. Acessibilidade como fator de construção do lugar. In: LOPES et al. (Orgs.). Desenho Universal: caminhos da acessibilidade no Brasil. São Paulo: Ed. Annablume, P. 81 – 94 .2010.
ELIAS, N.; DUNNING, E. Memória e sociedade a busca da excitação. Lisboa: Difel,1992.
FERNANDES COSENZA, Izabela, CROSARA DE RESENDE, Ana Paula, A Cidade e as Pessoas com Deficiência: Barreiras e Caminhos. Sociedade & Natureza [en linea] 2006, 18 (Diciembre-Sin mes): [Fecha de consulta: 8 de abril de 2019] Disponible en:http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=321327189002 .
FERREIRA, C. L. Trabalho, tempo livre e Lazer. Ponta Grossa: [s.n], 2010.
FOGANHOLI, C; JUNIOR, L. G. Lazer de pessoas com deficiências: significando, aprendendo e ensinando. Licere, Belo Horizonte, v.18, n.2, jun/2015.
GABRILLI, M. Guia sobre a Lei Brasileira de Inclusão. [s.l: s.n.].
GOODMAN, L. Snowball Sampling. Annals of Mathematical Statistics, v.32, n.1 , p.148-170. 1961.
IBGE. Censo Demográfico 2010 - características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Rio de Janeiro: IBGE, 201 2. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 20 jun. 2016, v. 1, 2012.
KUBINSKA, Z.; BERGIER, B.; BERGIER, J. Usage of leisure time by disabled males and females from the Lublin Region. Annals of Agricultural and Environmental Medicine, v. 20, n. 2, p. 341 –345, 2013.
KUVALEKAR, K. Quality of Life among Persons with Physical Disability in Udupi Taluk: A Cross Sectional Study, v. 4, n. 1, 2015.
LEITE, L.P; MARTINS, S.E.S.O. Fundamentos e estratégias pedagógicas inclusivas: respostas às diferenças na escola. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.
LIMA, R. M. C.; RIBEIRO, P. R. Q.; TONELLO, M. G. M. Percepção da qualidade de vida por pessoas com deficiências físicas praticantes e não praticantes de atividades de lazer. Licere, v.15, n.4, 2012.
MARCELINO, N. C. Lazer e educação. Campinas: Papirus, 1 987.
MARCELLINO, N. C. Estudos do lazer: uma introdução. Campinas: Papirus, 2006.
MAZZOTTA, M. J. S; D'ANTINO, M. E. F. Inclusão social de pessoas com deficiências e necessidades especiais: cultura, educação e lazer. Saude e sociedade, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 377-389, 2011.
OECD. OECD Guidelines for the Testing of Chemicals. Organization for Economic, 2012.
OLIVEIRA, L. M. B. Cartilha do Censo 2010–Pessoas com deficiência. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD), Coordenação-Geral do Sistema de Informações sobre a Pessoa com Deficiência, 2012.
PAPPOUS A. S. Post-Event Volunteering Legacy: Did the London 2012 Games Induce a Sustainable Volunteer Engagement? Sustainability, 8, 1221. 2016.
REY, F.L.G. Pesquisa qualitativa e subjetividade: Os processos de construção da informação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
ROSA, A. C. Compreendendo o paradigma da inclusão. Revista Educação Especial, Santa Maria, n. 29, 2007.
ROSCOCHE, L. F. Trabalho, Lazer e Religião. Licere, Belo Horizonte, v.19, n.2, jun/2016.
