Por uma Agenda de Festas

Organização e Controle do Calendário Festivo do Recife (1822-1850)

Autores

  • Lídia Rafaela Nascimento dos Santos Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

DOI:

https://doi.org/10.35699/1981-3171.2020.19751

Palavras-chave:

Festas, Cidades, Religião

Resumo

Dias de Gala, dias de festa nacional e dias santos compunham os dias reconhecidos como feriados durante o Brasil Império. Os feriados estavam entre os regentes do cotidiano no Recife Oitocentista, somado a esses numerosos dias oficiais para festejar, havia muitos outros em que a sociedade festejava. Escolher um feriado é um acontecimento muito complexo, envolve múltiplos sujeitos e questões. Em tempos de revisão do antigo regime, as festas precisavam expressar ou dialogar com os novos valores liberais e civilizatórios. Havia uma tentativa de diminuição do número de festas durante o ano por parte do Estado Nacional e da Igreja para controlar o tempo em que as festas deveriam oficialmente ter maior importância no cotidiano e na organização social.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

APEJE. Câmaras Municipais: 03 de janeiro de 1829. Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano. Recife: APEJE, 1829.

APEJE. Câmaras Municipais: 04 21 de janeiro de 1823, f.34. Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano. Recife: APEJE, 1823.

APEJE. Folhinha de Algibeira. p.16. Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano. Recife: APEJE, 1847.

APEJE. Registro de Provisões 8.2. 27 de fevereiro de 1824. Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano. Recife: APEJE, 1847.

ARAÚJO, Rita de Cássia Barbosa de. Festas: máscaras do tempo: entrudo, mascarada e frevo no carnaval do Recife. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 1996.

BLUTEAU, Raphael. Vocabulario portuguez & latino: aulico, anatomico, architectonico. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesus, 1712 - 1728. 8 v. Disponível em: http://www.brasiliana.usp.br/dicionario/1/feriado. Acesso : 12 nov. 2019.

BRASIL. Coleção de Leis de 1835. Parte 2. Disponível em: https://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/18464/colleccao_leis_1835_parte1.pdf?sequence=1. Acesso em: Nov. 2019.

______. Decreto de 21 de dezembro de 1822. Disponível em:

https://www2.camara.gov.br/legin/fed/decret_sn/anterioresa1824/decreto-39069-21-dezembro-1822-568605-publicacaooriginal-91942-pe.html. Acesso : nov. 2019.

______. Decreto nº 345 de 30 de Março de 1844. Coleção de Leis do Império do Brasil - 1844 Página 11 Vol. 1 pt. II. Disponível em https://www2.camara.gov.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-345-30-marco-1844-560648-publicacaooriginal-83756-pe.html. Acesso em: nove. 2019.

______. Lei de 15 de novembro de 1831. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei_sn/1824-1899/lei-37687-15-novembro-1831-564851-publicacaooriginal-88758-pl.html. Acesso em: Nov. 2019.

______. Lei de 9 de Setembro de 1826. Disponível em: https://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei_sn/1824-1899/lei-38600-9-setembro-1826-567169-publicacaooriginal-90570-pl.html. Acesso em: Nov. 2019.

CARAPUCEIRO. 11 de janeiro de 1840. Recife: Carapuceiro, 1840.

______. 22 de fevereiro de 1834. Recife: Carapuceiro, 1834.

______. 24 de janeiro de 1838. Recife: Carapuceiro, 1838.

______. 21 de fevereiro de 1840. Recife: Carapuceiro, 1840.

______. 8 de fevereiro de 1834. Recife: Carapuceiro, 1834.

CARDOSO, Ângela Miranda. Ritual: princípio, meio e fim. Do sentido do estudo das cerimônias de entronização brasileiras. In: JANCSÓ, István (org.). Brasil: formação do Estado e da Nação. São Paulo: Hucitec; Unijuí; FAPESP, 2003

COSTA, Francisco Augusto Pereira da. Folclore Pernambucano. In: Revista do Instituto e Geográfico Brasileiro. Tomo LXX ano 1907 parte II. Rio de Janeiro. Imprensa Nacional p. 288.

CRESPO, Jorge. A História Do Corpo. Rio de Janeiro: Difel, 1990. p.127.

DIÁRIO DE PERNAMBUCO. 18 de julho de 1831. Recife: Diário de Pernambuco, 1831.

______. 23 de fevereiro de 1844. Recife: Diário de Pernambuco, 1844.

______. 10 de janeiro de 1832. Recife: Diário de Pernambuco, 1832.

______. de 6 de maio de 1844.

FREYRE, Gilberto Um engenheiro francês no Brasil. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1960.

______. Sobrados e Mucambos: decadência do patriarcado e desenvolvimento do urbano 16. ed. São Paulo: Global, 2006.

IAHGPE. Livro Ofícios da Presidência, 1831.

JANCSÓ, István, KANTOR, Iris. Falando de Festas JANCSÓ, István, KANTOR, Iris (orgs.). Festa: cultura e sociabilidade na América portuguesa. São Paulo: Hucitec: Editora da Universidade de São Paulo: FAPESP: Imprensa Oficial, 2001.

KRAAY, Hendrik. Days of National Festivity. Rio de Janeiro, Brazil, 1823–1889 (Stanford, CA: Stanford University Press, 2013

LE GOFF, Jacques. Historia e memória. 4. ed. São Paulo: UNICAMP, Instituto de Artes, 1996.

LOPES, Emílio Carlos Rodrigues. Festas Públicas, Memória e Representação: Um estudo sobre manifestações políticas na Corte do Rio de Janeiro, 1808-1822 São Paulo: Humanitas. 2004.

OLIVEIRA, Carlos Eduardo França de. Entre o local e o provincial: os Conselhos Gerais de Província e as Câmaras Municipais, São Paulo e Minas Gerais (1828-1834). Almanack, Guarulhos , n. 9, p. 92-102, 2015.

REIS, João José, GOMES, Flávio dos Santos e CARVALHO, Marcus J. M de Carvalho. O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico Negro (c.1822-c. 1853). São Paulo: Companhia das letras, 2010.

______. Tambores e Tremores: A Festa Negra na Bahia na Primeira Metade do Século XIX. In: CUNHA. Maria Clementina Pereira (Org.). Carnavais e Outras F(r)estas. Ensaios de História Social da Cultura. São Paulo: UNICAMP/CECULT, 2002.

RIO DE JANEIRO. Almanaque do Rio De Janeiro para o Ano de 1816. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, v. 268 jul/set 1965.

SANTOS, Lídia Rafaela Nascimento dos. Das festas aos botequins: organização e controle dos divertimentos no Recife. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal de Pernambuco. Recife: UFPE, 2011.

______. Festas, disputas e mudanças políticas no recife da época da independência. SAECULUM, v. 40, p. 216-237, 2019.

______. Entre os festejos e as disputas políticas: as comemorações do Sete de Setembro de 1829 no Recife. Clio. Série História do Nordeste (UFPE), v. 2, p. 74-99, 2015.

______. Das festas aos botequins: organização e controle dos divertimentos no Recife (1822-1850). 2011. Dissertação (Mestrado em História)-Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.

SANTOS, L. R. N. dos. Dos divertimentos apropriados aos perigosos: organização e controle das festas e sociabilidades no Recife (1822-1850). In: RIBEIRO, Gladys Sabina; MARTINS, Ismênia de Lima; FERREIRA, Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz. (Org.). O Oitocentos sob novas perspectivas. São Paulo: Alameda, 2014, v. p. 343-364.

______. Luminárias, músicas e “sentimentos patrióticos”: Festas e política no Recife (1817-1848). Tese (Doutorado em História)-Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018.

SOUZA, Iara Lis Franco Schiavinatto Carvalho. Pátria coroada: o Brasil como corpo político autônomo — 1780-1831. São Paulo: UNESP, 1999

THOMPSON, E. P. Costumes em Comum - Estudos sobre a Cultura Popular Tradicional. São Paulo: Companhia das Letras. 1998.

TINHORÃO, José Ramos. As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Ed.34. 2000.

Downloads

Publicado

2020-03-19

Como Citar

Santos, L. R. N. dos. (2020). Por uma Agenda de Festas: Organização e Controle do Calendário Festivo do Recife (1822-1850). LICERE - Revista Do Programa De Pós-graduação Interdisciplinar Em Estudos Do Lazer, 23(1), 309–330. https://doi.org/10.35699/1981-3171.2020.19751

Edição

Seção

Artigos Originais