Andar a Pé

Indícios das Origens Modernas do Gosto de se Caminhar pelo Campo

Autores

  • Marcelo Roberto Andrade Augusti Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Campus Rio Claro

DOI:

https://doi.org/10.35699/2447-6218.2021.34950

Palavras-chave:

Caminhada, Modernidade, Natureza

Resumo

Neste artigo serão abordadas algumas questões relativas às mudanças na razão e na sensibilidade do trato do ser humano com o mundo natural e que possam fornecer alguns indícios do apreço que os indivíduos, na atualidade, têm acerca de realizaram caminhadas pelo campo, considerando os séculos XVIII e XIX como ápice desse processo de transformação da mentalidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

AUGUSTI, M. R. A. O andar a pé como fator de distinção social no Brasil do século XIX. Tempos Históricos, v. 23, 2019, p. 408-434.

______. Caminhada e estilo de vida: implicações no lazer e na qualidade de vida. Dissertação (mestrado). Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências. Rio Claro, SP, 2014.

BENJAMIN, W. Paris, capital do século XIX. In: ______. Textos Escolhidos. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Os Pensadores).

BLAINEY, G. Uma breve história do mundo. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011.

BOURDIEU, P. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp; Porto Alegre: Zouk, 2008.

BRANDÃO, J. de S. Os Idílios de Teócrito e as Bucólicas de Virgílio. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1950.

BRESCIANI, M. S. M. Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo: Brasiliense, 1982.

BRUHNS, H. T. A busca pela Natureza: turismo e aventura. Barueri: Manoel, 2009.

CAMPBELL, Joseph. O Voo do Pássaro Selvagem: ensaios sobre a universalidade dos mitos. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos. 1997.

CAUQUELIN, Anne. A Invenção da Paisagem. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

DE MASI, Domenico. O ócio criativo. Domenico de Masi: entrevista a Maria Selena Palieri. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.

DEVÈZE, M. La Grande réformation des forêts royales sous Colbert, 1661-1680: une admirable réforme administrative. Nancy: École Nationale des Eaux et Forêts, 1962.

DIEGUES, A. C. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec, 1996.

GROSS, F. Caminhar: uma filosofia. São Paulo: É Realizações, 2010.

HADOT, P. O véu de Ísis: ensaio sobre a história da ideia de natureza. São Paulo: Loyola, 2006.

HUMBOLDT, A. Quadros da Natureza. São Paulo: Editora Brasileira, 1957. v. 1-2.

KANT, I. Crítica da faculdade de juízo. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

KOCH, A. Nacktheit und Kultur: Adolf Koch und die proletarische Freikörperkultur. Passagen Verlag, 2005.

LE GOFF, J. A civilização do Ocidente medieval. Lisboa: Editorial Estampa, 1983.

LENOBLE, R. História da Ideia de Natureza. Trad. Teresa Louro Peres. Rio de Janeiro: Edições, 70, 1990.

MADERUELO, J. El paisaje: génesi de un concepto. Madrid: Abada Editores, 2005.

PEDRAS, L. R. V. A paisagem em Alexander Von Humboldt: o modo descritivo dos quadros da natureza. Revista USP, São Paulo, n.46, p. 97-114, junho/agosto 2000.

PETRARCA, F. Le familiari. Florença: Le Lettere, 1997. v. 1.

ROBINSON, J. C; GILBERT, R. The Walk: notes on a romantic image. London: WW Norton, 1989.

ROUSSEAU, J. J. Os devaneios do caminhante solitário. Porto Alegre: LP&M, 2008.

SCHAMA. S. Paisagem e Memória. São Paulo: Companhia da Letras, 1996.

SCHELLE, K. G. A arte de passear. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

SCHILLER. F. A educação estética do homem. São Paulo: Iluminuras, 2002.

SHELLEY apud BRESCIANI, 1982, p.22 Cf. BRESCIANI, M. S. M. Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo: Brasiliense, 1982, p.22.

THOMAS, K. O homem e o mundo natural: mudanças de atitude em relação às plantas e os animais (1500-1800). São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Cia das Letras, 1998.

THOREAU, H. D. Walden. Porto Alegre: L&PM, 2013.

THOREAU, H. D. Caminhada. São Paulo: Editora Dracena, 2011.

URRY, J. O olhar do turista. São Paulo: Nobel, 1999.

VOVELLE, M. Ideologias e mentalidades. São Paulo: Brasiliense, 1987.

WHITMAN, W. Folhas de Relva. Tradução e posfácio: Rodrigo Garcia Lopes. São Paulo: Iluminuras, 2013.

WILLIAMS, R. O Campo e a Cidade na história e na literatura. Trad. Paulo Henriques Britto. São Paulo: Cia das Letras, 1989.

WORDSWORTH, W. O olho imóvel pela força da harmonia. São Paulo: Ateliê, 2007.

WULF, A. A invenção da natureza: a vida e as descobertas de Alexander Von Humboldt. São Paulo: Planeta, 2016.

Downloads

Publicado

2021-06-30

Como Citar

Augusti, M. R. A. (2021). Andar a Pé: Indícios das Origens Modernas do Gosto de se Caminhar pelo Campo. LICERE - Revista Do Programa De Pós-graduação Interdisciplinar Em Estudos Do Lazer, 24(2), 624–665. https://doi.org/10.35699/2447-6218.2021.34950

Edição

Seção

Artigos de Revisão