A vigilância: exercício paradoxal da liberdade

Autores

  • Walter Romero Menon Jr. Departamento de Filosofia Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná / Brasil

Palavras-chave:

democracia, paradoxo, sociedade de controle, vigilância.

Resumo

Este ensaio busca analisar acerca do modo como dois princípios fundamentais que definem os regimes democráticos, a liberdade e a igualdade, encontram-se eminentemente ligados à necessidade de dispositivos de controle social e de vigilância. Nossa hipótese é de que quanto mais se pensa o modelo democrático segundo a radicalização desses princípios, mais, paradoxalmente, os dispositivos de controle e de vigilância são pensados como necessários à manutenção dos mesmos princípios. Nesse caso, tal necessidade se expressaria em termos de distribuição igualitária da responsabilidade pelo controle e pelo vigiar, tipificando, desse modo, ações passíveis de serem consideradas representativas das democracias de inspiração liberal.

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Publicado

2018-01-31

Como Citar

Menon Jr., W. R. (2018). A vigilância: exercício paradoxal da liberdade. Nuntius Antiquus, 13(2), 225–240. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/nuntius_antiquus/article/view/17109

Edição

Seção

Artigos