Rousseau e a apropriação do Fenômeno da Metáfora
uma perspectiva a partir da teoria de Paul Ricoeur
Palavras-chave:
Metáfora. Filosofia. Linguagem. Discurso. Transposição.Resumo
Objetiva-se, no presente artigo, fomentar uma análise da ocorrência bem como das consequências do uso do fenômeno da metáfora no pensamento de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) com base na teoria da metáfora desenvolvida por Paul Ricoeur (1913-2005) em sua obra de filosofia da linguagem Metáfora Viva. Para tanto, duas obras específicas tornam-se fundamentais: Ensaio sobre a origem das línguas e Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, nas quais encontramos dados que sinalizam que Jean-Jacques Rousseau, filósofo iluminista, já observava na linguagem, o grande potencial a ser trabalhado em prol da filosofia, utilizando-se, ao longo do percurso, de célebres metáforas a partir das quais intenciona-se analisar a relação da linguagem figurada com o mito do bom selvagem, abordando a alegoria da estátua de Glauco e de como se dá essa apropriação do fenômeno da metáfora na filosofia de Rousseau.
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Referências
PRADO JR, Bento. A força da voz e a violência das coisas. In: Ensaio sobre a origem das línguas. Tradução: Fúlvia. M. L. Moretto. Unicamp.1998.
ROUSSEAU, J.-J. As Confissões. Volume único. Tradução: Wilson Lousada. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1948.
__________. Ensaio sobre a origem das línguas. São Paulo: Abril Cultural, 1978
__________. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Abril Cultural, pp 1978.
RICOEUR, Paul. Metáfora Viva. Tradução: Dion Davi Macedo. São Paulo: Edições Loyola, 2000.
VERNANT, Jean-Pierri. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, pp. 53-72, 2011.