A relação cognição e linguagem e o papel da consciência
Abstract
Este texto discute como a concepção de aprendizagem depende diretamente da ontologia que emerge de teorias que buscam compreender a cognição humana. A análise de alguns aspectos teórico-epistemológicos desenvolvidos pela ciência moderna ressaltou que a eliminação do conceito de consciência dessa investigação foi uma opção ideológica. Procurei mostrar a necessidade de uma nova metodologia, a partir da vinculação da Psicologia Cognitiva e da Lingüística Cognitiva, para investigar a cognição humana. Espera-se que tal metodologia leve em consideração a consciência, uma vez que pesquisas recentes sobre o tema buscam, cada vez mais, ampliar a compreensão desse fenômeno.
Downloads
Riferimenti bibliografici
ABIB, J. Skinner, materialista metafísico? "Never mind, no matter". In: PRADO, B. J. (Org.). Filosofia e comportamento. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982. (Coleção Almanaque). p. 92-109.
ANDERSON, J. Psicologia cognitiva e suas implicações experimentais. Rio de Janeiro: LTC , 2004. 307p.
BACHELARD, G. O novo espírito científico. 2. ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1985.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 3. ed. São Paulo: HUCITEC, 1986. 196p.
BEHE, M. A caixa preta de Darwin: o desafio da bioquímica à teoria da evolução. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997. 300p.
BURTT, E. As bases metafísicas da ciência moderna. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1983 (Coleção Pensamento Científico). 268p.
CALVET DE MAGALHÃES, T. Filosofia analítica – de Wittgenstein à redescoberta da mente. Belo Horizonte, 1997.
CAPRIA, M. (Org.). A construção da imagem científica do mundo. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2002. 428p.
CHOMSKY, N. Reflexões sobre a linguagem. São Paulo: Cultrix, 1980. 198p.
______. Linguagem e mente. Brasília: Editora UnB, 1998. 83p.
COLLIER, M. On the compatibility of connectionism and cognitive linguistics. University of California, San Diego, June. 1998. Disponível em: <http://www.crl.uesd.edu/newsletter.html> Acesso em: 20 jan. 2005.
COSTA, J.; SILVA, M C. Os anos 1990 na gramática gerativa. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (Orgs.). Introdução à lingüística – fundamentos epistemológicos. v. 3. São Paulo: Cortez, 2004. p. 131-164.
DAMÁSIO, A. R. O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. 8a reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. 330p.
_______. O mistério da consciência: do corpo e das emoções ao conhecimento de si. 5a reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. 474p.
_______. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos. 1a reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. 358p.
DARWIN, C. A origem das espécies e a seleção natural [s.l.]: Hemus, 2003. 471p.
DUPUY, J. Nas origens das ciências cognitivas. São Paulo: Editora UNESP, 1996. 228p.
FADIMAN, J.; FRAGER, R. Teorias da personalidade. São Paulo: Editora Harper & Row do Brasil Ltda, 1979. 393p.
FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Brasilia: UNB, 2001. 316p.
_______. Discourse in late modernity. Londres: The University Press, Cambridge, 1999. 154p.
________. Language and power. Inglaterra: Longman Group, 1989. 259p.
FIGUEIREDO, L. Matrizes do pensamento psicológico. Petrópolis: Vozes, 1991. 208p.
FOUREZ, G. A construção das ciências – introdução à filosofia e à ética das ciências. São Paulo: Editora UNESP, 1995. 319p.
FRAWLEY, W. Vygotsky e a ciência cognitiva – linguagem e integração das mentes social e computacional. Porto Alegre: ARTMED, 2000. 288p.
GARDNER, H. A nova ciência da mente. 2a ed. São Paulo: EDUSP, 1996. 454p.
GLÉNISSON, J. Iniciação aos estudos históricos. 3a ed. Rio de Janeiro: Difel, 1979. 370p.
HALLIDAY, M.; MARTIN, J. Writing science: literacy and discursive power. London: University of Pittsburgh Press, 1993. 283p.
JANDA, L. Cognitive Linguistics. University of North Carolina, February. 2000. Disponível em: <http://www.indiana.edu/~slavconf/SLING 2K/pospapers/janda.pdf> Acesso em: 20 jan. 2005.
KOFFKA, K. Princípios de Psicologia da Gestalt. São Paulo: Cultrix, 1975. 703p.
KOYRÉ, A. Estudos de história do pensamento científico. 2a ed. São Paulo: Editora Forense Universitária, 1991. 388p.
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. 6a ed. São Paulo: Editora Perspectiva, 2001. 257p.
LACLAU, E.; MOUFFE, C. Hegemony & socialist strategy – towards a radical democratic politics. Londres: Verso, 1985. 197p.
LANGACKER, R. Foundations of cognitive grammar – theoretical prerequisites. California: Stanford University Press, 1987. 516p.
MARX, M.; HILLIX, W. Sistemas e teorias em psicologia. 10a ed. São Paulo: Cultrix, 1997. 755p.
MELO, L. A psicolingüística: objeto, campo e método. In: ______ (Org.). Tópicos de psicolingüística aplicada. 2. ed. São Paulo: Humanitas, 1999. p. 13-25.
NETO, J. B. O empreendimento gerativo. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (Org.). Introdução à lingüística – fundamentos epistemológicos. v. 3. São Paulo: Cortez, 2004. p. 93-130.
OLSON, D. A escrita e a mente. In: WERTSCH, J. et alii. Estudos socioculturais da mente. Porto alegre: ARTMED, 1998. p. 89-111.
PENNA, A. Introdução à história da psicologia contemporânea. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1980. 323 p.
_______. Repensando a psicologia. Rio de Janeiro: Imago, 1997. 297p.
_______. Introdução à psicologia cognitiva. 2a ed. ampl. São Paulo: EPU, 1999. 185p.
_______.Introdução à psicologia fenomenológica. Rio de Janeiro: Imago, 2001 (Coleção Introdução à psicologia). 121p.
_______. Introdução à psicologia da linguagem e do pensamento. Rio de janeiro: Imago, 2003 (Coleção Introdução à psicologia). 141p.
PERFEITO, A.M. Discurso da escrita: da teoria à prática. In: MELO, L. (Org.). Tópicos de psicolingüística aplicada. 2a ed. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 1999. p. 75-94.
PESSOTTI, I. Movimento muscular e comportamento: notas históricas. In: PRADO, B. J. (Org.). Filosofia e comportamento. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982. (Coleção Almanaque). p. 11-32.
ROSE, J. Consciência e propósito no behaviorismo radical. In: PRADO, B. J. (Org.). Filosofia e comportamento. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982. (Coleção Almanaque). p. 67-91.
ROSE, M. O espectro de Darwin: a teoria da evolução e suas implicações no mundo moderno. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000. 264p.
SAPIR, E. Lingüística como ciência – ensaios. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1969. 205 p.
SCHOENFELD, A. Looking toward the 21st century: challenges of educational theory and practice, California, Jully, 1999. Disponível em: <http://www.gse.berkeley.edu/faculty/aschoenfeld/AREA_final.pdf > Acesso em: 20 jan. 2005.
SCHULTZ, D.; SCHUTZ, S. História da psicologia moderna. 16. ed. São Paulo: Cultrix, 1992. 440p.
SCHULTZ, D.; SCHUTZ, S. História da psicologia moderna – tradução da oitava edição norte-americana. São Paulo: Pioneira Thomson Learning Ltda, 2005. 484p.
SEARLE, J. R. O mistério da consciência. São Paulo: Paz e Terra, 1998. 239p.
SERMONTI, G. A conceituação de vida: de Aristóteles a Darwin e à atualidade. In: CAPRIA, M. (Org.). A construção da imagem científica do mundo – as mutações nas concepções do homem e do cosmos desde o descobrimento da América até a mecânica quântica. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2002. 428p.
SKINNER, B. Questões recentes na análise do comportamento. Campinas: Papirus, 1991. 193p.
_______. Ciência e comportamento humano. 6a ed. São Paulo: Martins Fontes, 1985. 420p.
_______. O comportamento verbal. São Paulo: Cultrix, 1978. 256p.
_______. Sobre o behaviorismo. São Paulo: Editora Pensamento-Cultrix, 1979. 216p.
_______. A Psicologia pode ser uma ciência da mente? 1990. 7p. Disponível em: <http://www.suigeneris.pro.br/edvariedade_psicociencia.htm> Acesso em: 20 de janeiro de 2005.
SINHA, C. “Cognitive linguistics, psychology and cognitive science”. Draft chapter for D. Geeraerts and H. Cuyckens (Ed.). Handbook of Cognitive Linguistics. Oxford, Oxford University Press, 2001. 35p.
STERNBERG, R. Psicologia cognitiva. Porto Alegre: ARTIMED, 2000. 494p.
STRATHERN, P. Turing e o computador em 90 minutos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000. 89p.
TEIXEIRA, J. Mente, cérebro e cognição. Petrópolis: Vozes, 2003. 197p.
_______. Mentes e máquinas – uma introdução à ciência cognitiva. Porto Alegre: ARTMED, 1998. 179p.
TIJUS, C. Introdução à psicologia cognitiva. Lisboa: Climepsi Editores, 2003. 222p.
TOMASELLO, M. Origens culturais da aquisição do conhecimento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 342p.
TREVISAN, P. Empirismo e psicologia. In: PRADO, B. J. (Org.). Filosofia e comportamento. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982. (Coleção Almanaque). p. 32-64.
VARELA, F. et alii. A mente incorporada – ciências cognitivas e experiência humana. Porto Alegre: ARTMED, 2003. 293p.
VYGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 194p.
WEEDWOOD, B. História concisa da lingüística. São Paulo: Parábola Editorial, 2002. 165p.
WERTSCH, J. et alii. Estudos socioculturais da mente. Porto alegre: ARTMED, 1998. 214p.
WIGNER, E. Remarks on the mind-body question. In: GOOD, I.J. The scientist speculates: An anthology of partly baked ideas. Londres: Heinemann, 1962 apud TEIXEIRA, J. Mente, cérebro e cognição. Petrópolis: Vozes, 2003. 197p.
Dowloads
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2020 Revista Brasileira de Linguística Aplicada

Questo volume è pubblicato con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Autores de artigos publicados pela RBLA mantêm os direitos autorais de seus trabalhos, licenciando-os sob a licença Creative Commons BY Attribution 4.0, que permite que os artigos sejam reutilizados e distribuídos sem restrição, desde que o trabalho original seja corretamente citado.


