“Lei do espanhol”
discursividade e representações acerca da lei das metades
Palavras-chave:
Língua Espanhola, Lei Nº 11.161/2005, Representações, Análise de Discurso, Professores E/LE.Resumo
Objetivamos neste artigo problematizar o discurso da “Lei do espanhol”. Abordamos também os efeitos de sentido contidos nos dizeres dos sujeitos-professores que nos levaram a depreender representações acerca da lei e seus impactos como política pública, especialmente. O percurso teórico-metodológico foi desenvolvido a partir do corpus de pesquisa constituído por dizeres de professores de espanhol e do texto integral da Lei nº 11.161/2005. Nosso aporte teórico está ancorado na vertente francesa da Análise de Discurso com atravessamento da psicanálise lacaniana. Operamos com a noção de acontecimento e com os conceitos foucaultianos de arquivo e de dispositivo do poder. Nossa investigação permitiu interpretar que essa lei é representada como um mecanismo de poder faltoso.
Downloads
Referências
AMARAL, E. T. R.; ALMEIDA, E. G. La actuación de la APEMG en la formación continuada de profesores de español. In: AMARAL, E. T. R.; ALMEIDA, E. G. (Org.). Estudos hispânicos: língua, ensino e literatura. Belo Horizonte: APEMG, 2010a. p. 11-26.
AMARAL, E. T. R.; ALMEIDA, E. G. Qual é o lugar do espanhol nas escolas de ensino médio de Minas Gerais? In: CONGRESSO INTERNACIONAL/ENCONTRO DE ASSOCIAÇÕES DE PROFESSORES DE LÍNGUAS OFICIAIS DO MERCOSUL, 1., 2010, Foz do Iguaçu. Anais… Foz do Iguaçu: Unioeste, 2010b. v. 1. p. 313-322.
BARROS, C. S.; COSTA, E. G.; GALVÃO, J. (Org.). Dez anos da “Lei do Espanhol” (2005-2015). Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2016. 523p.
BIRMAN, J. Mal-estar na atualidade. 5. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
BIRMAN, J. Novas subjetivações e o mal-estar na contemporaneidade [dez. 2009]. Entrevistador: Jorge Forbes. Campinas: CPFL, 2009. Entrevista concedida ao programa Invenção do Contemporâneo. Disponível em: http://bit.ly/2vYVwBP >. Acesso em: 17 dez. 2013. » http://bit.ly/2vYVwBP
BRASIL. Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005. Dispõe sobre o ensino da língua espanhola. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 ago. 2005. Disponível em: http://bit.ly/2w7rLPz >. Acesso em: 5 jan. 2013. » http://bit.ly/2w7rLPz
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio: linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília, DF, Secretaria de Educação Básica, 2006. v. 1. Disponível em: http://bit.ly/1whj53U >. Acesso em: 18 ago. 2017. » http://bit.ly/1whj53U
COSTA VAL, M. G. Texto, textualidade e textualização. In: CECCANTINI, J. L. T.; PEREIRA, R. F.; ZANCHETTA JUNIOR, J. Pedagogia cidadã: cadernos de formação: língua portuguesa. São Paulo: UNESP, 2004. v. 1. p. 113-128.
CORACINI, M. J. A celebração do outro: arquivo, memória e identidade, línguas (materna e estrangeira), plurilinguismo e tradução. Campinas: Mercado de Letras, 2007.
CORACINI, M. J.; BERTOLDO, E. S. (Org.). O desejo da teoria e a contingência da prática: discursos sobre e na sala de aula (língua materna e estrangeira). Campinas: Mercado de Letras, 2012.
DAHER, M. C. Enseñanzas del español y políticas lingüísticas en Brasil. Hispanista, Niterói, v. 7, n. 27, 2006. Não paginado.
ECKERT-HOFF, B. M. O dizer da prática na formação do professor. Chapecó: Argos, 2002.
FOUCAULT, M. A verdade e as formas jurídicas. Tradução de Roberto Cabral de Melo Machado e Eduardo Jardim Moraes. 3. ed. Rio de Janeiro: NAU, 2003a.
FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013b.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Tradução de Roberto Machado. 27. ed. São Paulo: Graal, 2013c.
FREITAS, L. M. A. Entre lembranças e esquecimentos: relato memorístico sobre o ensino de espanhol no Rio de Janeiro. Hispanista, Niterói, v. 12, n. 46, 2011. Não paginado.
JONAS, H. O princípio responsabilidade: ensino de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: Contraponto; PUC-Rio, 2006.
MARRACH, S. A. Neoliberalismo e educação. In: SILVA JUNIOR, C. A. et al. Infância, educação e neoliberalismo. São Paulo: Cortez, 1996. p. 42-56.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica. Superintendência de Ensino Médio e Profissional. Diretoria de Ensino Médio e Profissional. Orientação DEMP/SEM/SB nº 1/2009. Orienta a inclusão da Língua espanhola nos currículos plenos do ensino médio como disciplina de oferta obrigatória pela escola e de matrícula facultativa para o aluno, considerando o que dispõe a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005. Belo Horizonte, 2009a. Disponível em: http://bit.ly/2i6qzGg >. Acesso em: 17 dez. 2013.
MINAS GERAIS. Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais. Parecer nº 1.125, de 23 de novembro de 2013. Relator: José Januzzi de Souza Reis. Belo Horizonte, 2009b. Disponível em: http://bit.ly/2v1WKaO >. Acesso em: 17 dez. 2013.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação. Resolução nº 2.742, de 22 de janeiro de 2015. Dispõe sobre o ensino médio nas escolas da rede pública estadual de Minas Gerais. Diário Oficial de Minas Gerais, Belo Horizonte, 23 jan. 2015. Caderno 1, p. 9.
ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 6. ed. Campinas: Pontes, 2007. 100p.
PÊCHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento. Tradução de Eni P. Orlandi. 5. ed. Campinas: Pontes, 2008.
PÊCHEUX, M. Análise automática do discurso (AAD-69). In: GADET, F; HAK, T. (organização). Por uma análise automática do discurso: Uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Editora da UNICAMP, 2010.
PENNYCOOK, A. Linguística aplicada pós-ocidental. In: CORACINI, M. J.; BERTOLDO, E. S. (Org.). O desejo da teoria e a contingência da prática: discursos sobre e na sala de aula (língua materna e estrangeira). Campinas: Mercado de Letras, 2012. p. 21-59.
REVEL, J. Michel Foucault: conceitos essenciais. Tradução de Carlos Piovezani Filho e Nilton Milanez . São Carlos: Clara luz, 2005.
RODRIGUES, F. S. C. Leis e línguas: o lugar do espanhol na escola brasileira. In: BARROS, C. S.; GOETTENAUER, E. M. C. (Coord.). Espanhol: ensino médio. Brasília, DF: MEC, 2010. p. 13-24. v. 16. ( Coleção Explorando o Ensino).
RODRIGUES, F. S. C. Língua viva, letra morta: obrigatoriedade e ensino de espanhol no arquivo jurídico e legislativo brasileiro. São Paulo: Humanitas, 2012.
RODRIGUES, F. S. C. Leis e línguas: o lugar do espanhol na escola brasileira. In: BARROS, C. S.; GOETTENAUER, E. M. C. (Coord.). Espanhol: ensino médio. Brasília, DF: MEC, 2010. p. 13-24. v. 16. (Coleção Explorando o Ensino).
RODRIGUES, F. S. C. Língua viva, letra morta: obrigatoriedade e ensino de espanhol no arquivo jurídico e legislativo brasileiro. São Paulo: Humanitas, 2012.
SERRANI-INFANTE, S. M. Discurso e cultura na aula de língua: currículo, leitura, escrita. Campinas: Pontes, 2005.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Revista Brasileira de Linguística Aplicada

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores de artigos publicados pela RBLA mantêm os direitos autorais de seus trabalhos, licenciando-os sob a licença Creative Commons BY Attribution 4.0, que permite que os artigos sejam reutilizados e distribuídos sem restrição, desde que o trabalho original seja corretamente citado.


