Do semelhante ao mesmo, do diferente ao semelhante
sujeito, ator, agente e protagonismo na linguagem
Parole chiave:
sujeito, ator, agente, protagonista, linguagem, socialAbstract
Este artigo visa demonstrar que as prerrogativas das ciências sociais estão imbricadas nos estudos da linguagem no sentido de conceituar sujeito, ator, agente e protagonista. Apesar da tentativa de oferecer conceitos hegemônicos, eles se embaralham diluindo fronteiras de sentido entre si. Uma análise comparativa entre conceitos vinculados a alguns autores, tais como os sociológicos Touraine, Bourdieu e Crozier de um lado e, de outro, os estudiosos da linguagem Pêcheux, Fairclough, Austin, demonstra o entrelaçamento entre linguagem e social. Como exemplo analítico da constituição do sujeito, ator, agente e protagonista, utilizamos a cantora, compositora e poeta brasileira Karina Buhr.
Downloads
Riferimenti bibliografici
ABRAMCZYK, J. É preciso agir para incluir mais mulheres na ciência. Jornal Folha de S. Paulo, 24 dez. 2016. p. B7.
AHEARN, L. Agency. Journal of Linguistic Anthropology, Hoboken, v. 9. n. 1-2, p. 12-15, 2000. https://doi.org/10.1525/jlin.1999.9.1-2.12
AHEARN, L. Language and Agency. Annual Review of Anthropology, Palo Alto, v. 30, p. 109-137, 2001. https://doi.org/10.1146/annurev.anthro.30.1.109.
ALVES, M. C. M. Protagonismo docente: a configuração de um perfil docente à lógica do capital. In: ANPED SUL, IX., 2012, Caxias do Sul. Anais… Caxias do Sul: Universidade da Caxias do Sul , 2012. Disponível em: http://bit.ly/2nQ1mB7 >. Acesso em: 20 dez. 2016.
AUSTIN, J. L. How to do Things with Words. 2nd ed. Massachusetts: Harvard University Press, 1975. https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780198245537.001.0001 » https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780198245537.001.0001
BHABHA, H. O local da cultura. Tradução Myriam Ávila, Eliana L. de Lima Reis e Gláucia R. Gonçalves. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
BARTHES, R. Elementos de Semiologia. Tradução Izidoro Blikstein, São Paulo: Cultrix, 1971. 120p.
BOFF, L. Em busca de um conceito de povo: de ator secundário a protagonista. O Tempo, Belo Horizonte, p. 1-5, 6 fev. 2014. Disponível em: http://bit.ly/2nkxxEZ >. Acesso em: 23 dez. 2016. » http://bit.ly/2nkxxEZ
BOURDIEU, P. Méditations pascaliennes. Paris: Seuil, 1994.
BOURDIEU, P. Questões de sociologia. Tradução Jeni Vaitsman. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983.
BOURDIEU, P. Homo Academicus. Paris: Les Éditions de Minuit, 1984.
CERTEAU, M.; GIARD, L.; MAYOL, P. (Org.). A invenção do cotidiano 2: morar e cozinhar. Tradução Carlos Nelson Coutinho e Leandro Konder. Petrópolis: Vozes, 1997.
CERTEAU, M. A cultura no plural. Tradução Enid Abreu Dobránszky. Campinas: Papirus, 1995. (Coleção Travessia do Século).
CERTEAU, M. A invenção do cotidiano 1: as artes de fazer. Tradução Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, 1994.
CROZIER, M.; FRIEDBERG, E. L’acteur et le système. Paris: Seuil, 1977.
DAVIDSON, D. Agency. In: DAVIDSON, D. (Ed.). Essays on Actions and Events. Gloucestershire: Clarendon Press, 1980. p. 43-61.
DERRIDA, J. Gramatologia. Tradução Miriam Chnaiderman e Renato Janine Ribeiro. 2. ed.. São Paulo: Perspectiva, 2011.
DERRIDA, J. Assinatura, acontecimento, contexto. In: DERRIDA, J. Margens da filosofia. Tradução Joaquim Torres Costa e António M. Magalhães. São Paulo: Papirus, 1991. p. 349-373.
DUBAR, C. Agente, ator, sujeito, autor: do semelhante ao mesmo. Paris, p. 56-69, primavera 2004. Disponível em: http://bit.ly/2nAIqUI >. Acesso em: 10 nov. 2016. » http://bit.ly/2nAIqUI
DUBET, F. Sociologie de l’expérience. Paris: Seuil, 1994.
DURANTI, A. From Grammar to Politics: Linguistic Anthropology in a Western Samoa Village. Berkley: University of California Press, 1994.
FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Tradução Isabel Magalhães. Brasília: UnB, 2001.
FERREIRA, M. C. L. Análise do Discurso e suas Interfaces o lugar do sujeito na trama do discurso. Organon, Porto Alegre, v. 24, n. 48, 2010. Disponível em: http://bit.ly/2nAAUJs >. Acesso em: 10 dez. 2016. » http://bit.ly/2nAAUJs
FOUCAULT, M. The History of Sexuality: volume 1: an Introduction. New York: antheon, 1978.
FOUCAULT, M. The History of Sexuality: volume 2: the Use of Pleasure. New York: Pantheon, 1978.
GALLO, S. Acontecimento e resistência: educação menor no cotidiano da escola. In: CAMARGO, A. M. F.; MARIGUELA, M. (Org.). Cotidiano escolar: emergência e invenção. Piracicaba: Jacintha, 2007, p.21-39.
GIARD, L. A invenção do possível. In: CERTEAU M. C. A cultura no plural. Tradução Enid Abreu Dobránszky. Campinas: Papirus, 1995. p. 7-16.
GIDDENS, A. A terceira via: reflexões sobre o impasse político atual e o futuro da social-democracia. 5. ed. Tradução Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Record, 2005. (Coleção Pensando na Crise).
GUATTARI, F.; ROLNIK, S. Micropolítica: cartografias do desejo. Tradução Laymert Garcia dos Santos, Jose Miguel Wisnik e Modesto Carone. Petrópolis: Vozes, 1993.
JOSGRILBERG, F. B. Cotidiano e invenção: os espaços de Michel de Certeau. São Paulo: Escrituras, , 2005. (Coleção Ensaios Transversais).
LEITE, L. P. V. Considerações sobre o sujeito na linguagem: da língua ao discurso. Vernaculum: Flor do Lácio, Petrópolis, v. 1, n. 1, p. 192-202, 2009. Disponível em: http://bit.ly/2nEKnkO >. Acesso em: 15 dez. 2016. » http://bit.ly/2nEKnkO
MARTINS FERREIRA, D. M.; ALENCAR, C. N. Por uma “nova pragmática emancipatória”. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 52, n. 2, p. 271-285, jul./dez. 2013. https://doi.org/10.1590/S0103-18132013000200006 » https://doi.org/10.1590/S0103-18132013000200006
ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 1999. 100p.
ORTIZ, R. (Org.) Pierre Bourdieu: Sociologia. São Paulo: Ática, 1983. (Coleção Grandes Cientistas Sociais, 39).
PATTI, A. R. A noção de sujeito discursivo. In: Fragmentum. Santa Maria: Laboratório Corpus, UFSM, n. 32, jan./mar. 2012. p. 13-17.
PÊCHEUX, M. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Tradução Eni Puccinelli Orlandi. Campinas: Unicamp, 1988.
PEDROSA, C. E. F. Análise crítica do discurso: uma proposta para a análise crítica da linguagem. Cadernos do CNLF, Rio de Janeiro, V. iii, n. 4, 2005. Disponível em: . Acesso em: 10 dez. 2016.
PORTO-GONÇALVES, C. W. Apresentação da edição em português. In: LANDER, E. (Org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 3-5. (Colección Sur Sur).
ROVANE, C. The Bounds of Agency: an Essay in Revisionary Metaphysics. Princenton: Princenton University Press, 1998.
SANTOS, B. S.; MENESES, M. P. Epistemologias do sul. São Paulo: Cortez, 2010.
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2003.
SANTOS, R. P. Sujeito, discurso e ideologia: a constituição de identidades na cultura midiática. Culturas Midiáticas, Paraíba, v. II, n. 1, p. 1-9, jan./jun. 2009.
SEGAL, J. M. Agency and alienation: a theory of human presence. Savage, MD: Rowman & Littlefield, 1991.
SOUZA, M. A. O ator social na sociologia contemporânea de Bourdieu e Touraine. Goiânia, [20--?]. Disponível em: http://bit.ly/2nAEJON >. Acesso em: 20 dez. 2016. » http://bit.ly/2nAEJON
TOURAINE, A. El sujeto: Un nuevo paradigma para comprender el mundo de hoy. Traducción María Tabuyo y Agustín Lopez Tobajas. Buenos Aires: Paidós, 2006.
TOURAINE, A. Igualdade e diversidade: o sujeito democrático. Tradução Modesto Florenzano. Bauru: Edusc, 1998.
TOURAINE, M. Critique de la modernité. Paris: Fayard, 1992.
VERONESE, M. V.; LACERDA, L. F. B. O sujeito e o indivíduo na perspectiva de Alain Touraine. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 14, n. 2, p. 419-426, jul./dez. 2011.
WODAK, R. De qué trata el análisis crítico del discurso (ACD). Resumen de su historia, sus conceptos fundamentales y sus desarrollos. In: WODAK, R.; MEYER, M. (Org.). Métodos de análisis crítico del discurso. Traducción Tomás Fernández Aúz y Beatriz Eguibar. Barcelona: Gedisa, 2003. p. 17-34.
Dowloads
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2018 Revista Brasileira de Linguística Aplicada

Questo volume è pubblicato con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Autores de artigos publicados pela RBLA mantêm os direitos autorais de seus trabalhos, licenciando-os sob a licença Creative Commons BY Attribution 4.0, que permite que os artigos sejam reutilizados e distribuídos sem restrição, desde que o trabalho original seja corretamente citado.


