Da lembrança à autonomia
O dever de respeito à memória como forma de tutela da pessoa
Palavras-chave:
Lembrança, Memória, Autonomia, PersonalidadeResumo
As conexões entre memória e identidade pessoal destacam a forma pela qual a existência de uma pessoa impacta o ambiente social na qual se insere e as relações formadas com os demais membros de uma comunidade. Mesmo com a morte de um sujeito, a memória de si permanece por meio das lembranças que são perpetuadas pelas pessoas vivas. Tal memória pode, todavia, ser lesionada, por meio de condutas que afetem tanto a pessoa falecida quanto as lembranças que os vivos têm dela. O presente artigo busca compreender se aexistência de um dever de respeito à memória pode servir como base para a tutela jurídica dessas lembranças, evitando lesões à personalidade, seja do morto, seja dos que permanecem vivos. Para responder a essa indagação, a pesquisa, que se afirma como teórica e se insere no tipo jurídico-exploratório –adotando perspectiva interdisciplinar –, investiga a formulação de um dever de respeito à memória no campo da moral e a transposição de seu conteúdo para a seara da tutela jurídica. A conclusão a que se chega é que autonomia privada, entendida enquanto campo de proteção da escolha ético-existencial do projeto de vida de um indivíduo, pode servir como porta de entrada para a configuração de um dever jurídico derespeito à memória, inserido no campo dos direitos da personalidade póstumos
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 AndréMaciel Silva Ferreira (Autor)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.