Da lembrança à autonomia

O dever de respeito à memória como forma de tutela da pessoa

Autores

  • AndréMaciel Silva Ferreira UFMG Autor

Palavras-chave:

Lembrança, Memória, Autonomia, Personalidade

Resumo

As conexões entre memória e identidade pessoal destacam a forma pela qual a existência de uma pessoa impacta o ambiente social na qual se insere e as relações formadas com os demais membros de uma comunidade. Mesmo com a morte de um sujeito, a memória de si permanece por meio das lembranças que são perpetuadas pelas pessoas vivas. Tal memória pode, todavia, ser lesionada, por meio de condutas que afetem tanto a pessoa falecida quanto as lembranças que os vivos têm dela. O presente artigo busca compreender se aexistência de um dever de respeito à memória pode servir como base para a tutela jurídica dessas lembranças, evitando lesões à personalidade, seja do morto, seja dos que permanecem vivos. Para responder a essa indagação, a pesquisa, que se afirma como teórica e se insere no tipo jurídico-exploratório –adotando perspectiva interdisciplinar –, investiga a formulação de um dever de respeito à memória no campo da moral e a transposição de seu conteúdo para a seara da tutela jurídica. A conclusão a que se chega é que autonomia privada, entendida enquanto campo de proteção da escolha ético-existencial do projeto de vida de um indivíduo, pode servir como porta de entrada para a configuração de um dever jurídico derespeito à memória, inserido no campo dos direitos da personalidade póstumos

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Biografia do Autor

  • AndréMaciel Silva Ferreira, UFMG

    Bacharel e Mestrando em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. 

Publicado

2025-06-10

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Da lembrança à autonomia: O dever de respeito à memória como forma de tutela da pessoa. (2025). Revista Brasileira De Prática Jurídica, 3(1). https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpj/article/view/59655