Tarra onde, menina réa? A aspiração de /v/ no falar de Fortaleza

Authors

  • Ana Germana Pontes Rodrigues
  • Aluiza Alves de Araújo

DOI:

https://doi.org/10.17851/2237-2083.22.2.11-58

Keywords:

Fricativa /v/, Aspiração, Sociolinguística Quantitativa, Fortaleza

Abstract

À luz da Sociolinguística Variacionista, este estudo aborda a fricativa/v/, cuja realização ocorre tanto com [v] (manutenção) quanto com[h] (aspiração), como em [v]ai ~ [h]ai e ta[v]a ~ ta[h]a. Com oobjetivo de analisar os condicionamentos linguísticos e sociais sobrea regra em questão, selecionou-se uma amostra, constituída por 48informantes, que foi retirada do banco de dados do Projeto NormaOral do Português Popular de Fortaleza. A variável linguística maisimportante foi o contexto fonológico subsequente: a vogal [a] foi aque apresentou maior ocorrência com a variante aspirada. Dentreos fatores sociais, os dois mais relevantes foram a faixa etária e aescolaridade. O primeiro mostra que os informantes de 50 anos oumais favorecem a aspiração; o segundo apresenta a escolaridade de 0a 4 anos como favorecedora do fenômeno, reforçando a tese de que a variante aspirada é estigmatizada pelos fortalezenses nesta amostra.Tais resultados sugerem indícios de uma mudança em progresso.

Published

2014-12-31

How to Cite

Tarra onde, menina réa? A aspiração de /v/ no falar de Fortaleza. Revista de Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 22, n. 2, p. 11–58, 2014. DOI: 10.17851/2237-2083.22.2.11-58. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/relin/article/view/28564. Acesso em: 27 dec. 2024.