“Tô notando, sô!” A partícula vocativa sô e a interface sintático-pragmática

Autores

  • Juliana Costa Moreira Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.17851/2237-2083.29.3.1873-1900

Palavras-chave:

senhor, sô, vocativo, estrutura sintática, função pragmática

Resumo

Moreira (2005, 2008) e Moreira e Alkmim (2013) observam que a forma senhor e suas variantes de gênero e número são frequentemente utilizadas como vocativo em construções extraídas de peças teatrais escritas por autores mineiros nos séculos XIX e XX. Considerando os trabalhos citados, a nossa hipótese é a de que a incidência do uso da forma senhor como vocativo em posição final resultou em um processo de gramaticalização, que originou as formas reduzidas desse item: sinhô, seu, siô, sôr e sô. Neste artigo, a partir de dados de intuição e da avaliação de falantes nativos, objetiva-se descrever e analisar as construções em que o item sô se realiza. Seguimos Hill (2007, 2014) que situa o vocativo na estrutura sintática, considerando a função pragmática que este item desempenha. Como resultado, tem-se as configurações arbóreas correspondentes às construções em que o item sô se realiza e considerações sobre o vocativo na estrutura sintática do dialeto mineiro.

Publicado

2024-10-06

Edição

Seção

Número Atemático 29:3

Como Citar

“Tô notando, sô!” A partícula vocativa sô e a interface sintático-pragmática. Revista de Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 29, n. 3, p. 1873–1900, 2024. DOI: 10.17851/2237-2083.29.3.1873-1900. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/relin/article/view/54460. Acesso em: 9 jul. 2025.

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