Políticas linguísticas para línguas indígenas no Brasil
entre resistência(s) e retomada(s) no pós-redemocratização
DOI:
https://doi.org/10.17851/2237-2083.33.3.29-54Palavras-chave:
Política linguística, Línguas Indígenas, Povos Indígenas, BrasilResumo
Neste artigo, apresentamos, por meio de três ondas, um panorama de políticas linguísticas para indígenas após a Constituição Federal de 1988 com o seu reconhecimento do direito à terra e à diferença cultural dos povos indígenas no Brasil. A primeira onda nos anos 1990, mais direcionada às políticas linguísticas de aquisição, foi marcada pela criação de escolas indígenas e da carreira de magistério superior indígena. A segunda onda nos anos 2000, inclinada às políticas linguísticas de status, foi marcada pela cooficialização de línguas indígenas a nível municipal e pela institucionalização do Inventário Nacional da Diversidade Linguística do IPHAN. Já a terceira onda, mais focada nas políticas linguísticas de corpus, nos anos 2010, teve como marcos a intensificação da documentação de línguas e a criação de cursos de Licenciatura Intercultural Indígena em universidades pelo país. Essas ondas, geradas pela força do(s) movimento(s) indígena(s), vêm impulsionando recentemente processos de manutenção e retomada de línguas indígenas.
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