As cidades de Proust: um estudo sobre o estatuto dos nomes de cidades na literatura de Marcel Proust

Authors

  • Adson Cristiano Bozzi Ramatis Lima

DOI:

https://doi.org/10.17851/2237-2083.17.2.215-229

Keywords:

Literatura francesa, Marcel Proust, Nomes de cidades

Abstract

É bem conhecido que os nomes não são neutros, posto que indicam certos estados, objetos, fatos e situações, e aquele que faz uso de um nome pode estar se referindo a algo que, longe de deixá-lo“indiferente”, desperta-lhe uma viva emoção. Esta capacidade que as palavras possuem de remeter a conteúdos fortemente simbólicos retira-as do mundo dos signos para inscrevê-las em um domínio que poderíamos muito bem nomear de o seu “poder de evocação”. Já foi amplamente discutido qual é a importância do nome próprio na literatura de Marcel Proust, sobretudo na teoria anunciada no últimocapítulo do livro Du côté de chez Swann, e, neste sentido, é mister perceber que os nomes das cidades não apenas se referem a entidades geográficas, mas as moldam, as constroem, na medida em que criam uma expectativa. E pode ser uma cidade ainda desconhecida, ou uma cidade já conhecida evocada pela lembrança. O objetivo deste artigo, então, é demonstrar a importância do nome próprio – e, mais especificamente, nomes de cidades – na obra capital de Proust.

Published

2009-12-31

How to Cite

As cidades de Proust: um estudo sobre o estatuto dos nomes de cidades na literatura de Marcel Proust. Revista de Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 17, n. 2, p. 215–229, 2009. DOI: 10.17851/2237-2083.17.2.215-229. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/relin/article/view/28677. Acesso em: 25 dec. 2025.