O processamento da concordância não redundante no português brasileiro

Autores/as

  • Lilian Silva Scher Universidade Estadual de Campinas
  • Thiago Oliveira da Motta Sampaio Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.17851/2237-2083.31.2.551-577

Palabras clave:

concordância variável, processamento linguístico, padrão não redundante

Resumen

A concordância de número no português brasileiro, segundo pesquisas sociolinguísticas, apresenta um caráter variável e pode ser produzida a partir do padrão redundante, no qual há marcação de plural explícita em todos os elementos relevantes (As meninas brincam), ou a partir do padrão não redundante, no qual a marcação pode ser omitida em alguns elementos. Essa pode ser produzida de diferentes maneiras, com a marcação sendo omitida apenas no verbo (1) As meninas brincaØ) ou no verbo e no substantivo (2) As meninaØ brincaØ. O presente trabalho busca revisar as diferentes possibilidades de produção do padrão não redundante na literatura e analisar dados obtidos a partir de um experimento de produção eliciada por repetição. Além disso, buscamos averiguar o papel da saliência fônica na alternância entre os padrões de concordância. Os dados reportados sugerem que os falantes preferem modificar o padrão produzido em (2), explicitando também a marcação no substantivo e omitindo apenas no verbo, como em (1), o que explica o fato de não ter sido encontrada uma diferença significativa de processamento entre o padrão redundante e o não redundante (2) no âmbito verbal. No entanto, algumas questões metodológicas também surgiram e podem estar envolvidas nesse resultado. Por fim, a saliência fônica não se mostrou significativa na alternância entre a produção dos padrões investigados.

Publicado

2024-10-06

Número

Sección

Processing linguistic variation

Cómo citar

O processamento da concordância não redundante no português brasileiro . Revista de Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 31, n. 2, p. 551–577, 2024. DOI: 10.17851/2237-2083.31.2.551-577. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/relin/article/view/54906. Acesso em: 24 dec. 2025.