Linguística experimental: aferindo o curso temporal e a profundidade do processamento
DOI:
https://doi.org/10.17851/2237-2083.21.1.9-42Palavras-chave:
Linguística Experimental, Processamento de frases, Teoria do Garden-Path, Curso temporal, Profundidade do processamento, Rastreamento ocularResumo
Discute-se, neste artigo, a aferição do curso temporal da computação dos subprocessos gramaticais e a avaliação da sua profundidade, nas três dimensões envolvidas necessariamente no estudo do processamento, a saber,os sujeitos, os métodos e o input linguístico. A inspeção sistemática do curso temporal do processamento de diferentes estruturas tem revelado que muitos subprocessos linguísticos são, frequentemente, subespecificados ou mesmo não especificados. O presente artigo investiga discrepâncias na aferição on-line e off-line de construções estruturalmente ambíguas em português,envolvendo os princípios da Aposição Mínima e da Aposição Local(cf. FRAZIER; 1979; FRAZIER; RAYNER, 1982), para demonstrar que, ao contrário do processo de análise sintática, que é imediato, a informação de natureza pragmática (plausibilidade) e lexical (subcategorização e traços[+humano/-humano]) é acessada tardiamente. Discrepâncias relacionadas aos grupos de sujeitos são também demonstradas no julgamento de ilhas sintáticas e discrepâncias relacionadas ao efeito good enough (cf. FERREIRAet al., 2002) com diferentes tipos de input linguístico são analisadas em estudos de rastreamento ocular.Downloads
Publicado
2013-06-30
Edição
Seção
Artigos
Como Citar
Linguística experimental: aferindo o curso temporal e a profundidade do processamento. Revista de Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 9–42, 2013. DOI: 10.17851/2237-2083.21.1.9-42. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/relin/article/view/28612. Acesso em: 24 dez. 2025.
