Modelagem de produção de texto sintético como subsídio para a aplicação embasada na Pedagogia de Gênero
DOI:
https://doi.org/10.17851/2237-2083.30.2.700-742Palavras-chave:
pedagogia de gênero, programa ler para aprender, síntese textual, modelagem sistêmico-funcional, popularização da ciênciaResumo
Este artigo se insere nos estudos gramaticais de base funcional, modelando a gramática com base no uso a partir de sua organização sistêmica. A Pedagogia de Gênero – modelo de ensino de línguas baseado no uso – tem como referência a síntese textual, operação pela qual as escolhas linguísticas necessariamente se configuram segundo padrões contextuais, apresenta resposta às demandas de modelos funcionais da gramática voltados para o ensino de línguas. Contudo, um problema frequente é a seleção de 'textos-modelo' para textos sintéticos, que recai não sobre os padrões de uso, mas sobre a subjetividade de quem aplica o modelo. Este artigo objetiva oferecer um modelo de produção de texto sintético como subsídio para a aplicação na Pedagogia de Gênero que escapa à seleção não-sistematizada por preconizar a natureza quantitativa da língua com base no uso para a seleção de 'textos-modelo'. Mais especificamente, apresenta o processo de modelagem de um texto sintético do domínio da Popularização da Ciência a partir de critérios sistêmicos e quantitativos para 'textos-modelo' de base. Em seguida, avalia como o modelo pode contribuir para a eficácia na produção de textos por meio de um experimento de produção textual, no qual se comparam produções de textos sintéticos por dois grupos de aprendizes tendo como base 'textos-modelo' sistematizados por critérios sistêmicos e quantitativos com base no uso. Os resultados mostram que a modelagem de textos sintéticos serve como subsidio eficiente para aplicação no ensino.