Falantes (não) têm consciência da variação morfossintática

Autores

  • Manoel Siqueira Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.17851/2237-2083.31.2.578-615

Palavras-chave:

consciência, morfossintaxe, variação

Resumo

Esta pesquisa objetiva expandir a discussão da consciência da variação ao nível morfossintático a partir de dois fenômenos morfossintaticamente semelhantes: o uso variável de artigo definido antes de possessivos pré-nominais, em a sua casa e ᴓ sua casa, e antes de antropônimos, em vi o Pedro e vi ᴓ Pedro. Para tanto, questiona-se se falantes reconhecem diferenças nos usos variáveis de artigo definido antes de possessivos e de antropônimos. Para responder à questão, aplicou-se um experimento de discriminação de sentenças com os contextos-alvo, utilizando estímulos variáveis quanto à presença/ausência de artigo definido. A análise dos dados evidencia que falantes nem sempre reconhecem diferenças nesses contextos linguísticos, com interferência da variação nos resultados: o tempo de resposta é maior quando as sentenças são variáveis e falantes tendem a apresentar alta frequência de erro nessas sentenças. Conclui-se que falantes nem sempre são conscientes da variação morfossintática: embora haja diferentes organizações, eles tendem a não as notar

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Publicado

2024-10-06

Como Citar

SIQUEIRA, M. Falantes (não) têm consciência da variação morfossintática. Revista de Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 31, n. 2, p. 578–615, 2024. DOI: 10.17851/2237-2083.31.2.578-615. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/relin/article/view/54907. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Thematic issue 31:2 (2023): Processing linguistic variation