Ideologias subjacentes aos estrangeirismos de origem inglesa no Brasil e a consciência sociolinguística

Autores

  • Marcely Monteiro Faria Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.17851/2237-2083.31.2.905-946

Palavras-chave:

ideologias linguísticas, estrangeirismos, tratamento societal

Resumo

Visando analisar a relação que os falantes possuem com os estrangeirismos, este estudo apresenta uma investigação das ideologias linguísticas subjacentes aos estrangeirismos no Brasil, por meio de um estudo de tratamento societal, tendo como corpus produções multimodais (memes, cartoons e tirinhas) coletadas em blogues, sites e redes sociais brasileiras. A coleta de dados se fez através de buscas na internet utilizando a palavra-chave estrangeirismos e os achados foram classificados quanto ao posicionamento que expressavam em relação a essas palavras.. Após uma comparação com a metalinguagem utilizada por Faraco (2001; 2004), Garcez e Zilles (2004), Schmitz (2004), Possenti, (2004), Fiorin (2004), Assis (2007) e Soares (2019), foram identificadas seis ideologias linguísticas subjacentes aos estrangeirismos de origem inglesa: estrangeirismos em excesso; estrangeirismos como vício de linguagem; estrangeirismos vistos como colonização ou dominação ideológica; estrangeirismos dificultam a compreensão; estrangeirismos como escolha estilística e por fim estrangeirismos através do viés da naturalização. A análise dos materiais evidencia que os falantes possuem opiniões variadas em relação aos estrangeirismos e essas opiniões ocorrem em forma de discursos específicos. Os falantes também possuem diferentes graus de consciência sociolinguística em relação aos estrangeirismos, e conseguem demonstrar isso no uso que fazem da língua.

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Publicado

2024-10-06

Como Citar

FARIA, M. M. Ideologias subjacentes aos estrangeirismos de origem inglesa no Brasil e a consciência sociolinguística. Revista de Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 31, n. 2, p. 905–946, 2024. DOI: 10.17851/2237-2083.31.2.905-946. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/relin/article/view/55115. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Thematic issue 31:2 (2023): Processing linguistic variation