Da regularidade discursiva nos encadeamentos midiáticos

casos “Zé Pilintra” e carretas pró-impeachment

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17851/2237-2083.32.1.337-367

Palavras-chave:

cadeia de gêneros, encadeamento midiático, análise do discurso

Resumo

Este trabalho realiza um exame comparativo de dois episódios de nossa história política que sugerem a existência de certa regularidade na forma como hoje se coordenam as instâncias midiáticas responsáveis pela circulação do discurso político. Diante da similaridade dos encadeamentos formados entre tais instâncias e das consequências geradas em cada um dos casos, foi estabelecido como objetivo de pesquisa a análise do circuito que as interliga, com o que parecem se coordenar uma série de respostas que terminam por estabilizar uma engrenagem comunicacional efetuada em cadeia. Para pavimentar o percurso de análise, foram conjugados os conceitos de cadeia de gêneros (Swales, 2004), que serve ao propósito de se investigar o modo como se associam os gêneros discursivos, e encadeamento midiático (Primo, 2008), com o qual se deve supor que os diferentes níveis de mídia hoje funcionam de forma articulada pela via de mecanismos intertextuais. Procedendo-se a uma análise das estratégias de retomada utilizadas em cada uma das instâncias comunicacionais, verificou-se que, na cadeia examinada, a TV exerce uma função centralizadora, na medida em que oferece o impulso inicial à formação do circuito no qual os gêneros vão aparecer justapostos, sempre retomando o conteúdo por ela transmitido. Com o estímulo inicial da difusão televisiva, os episódios são comentados de forma crítica nas redes sociais (notadamente no Twitter), do que decorre a representação dessa repercussão nos jornais digitais, e, finalmente, atos e manifestações políticas no espaço das ruas.

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Publicado

2024-11-05

Como Citar

RODRIGUES, B. R. D.; FREIXO, E. C.; FIGUEIREDO, N. A. Da regularidade discursiva nos encadeamentos midiáticos: casos “Zé Pilintra” e carretas pró-impeachment. Revista de Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 32, n. 1, p. 337–367, 2024. DOI: 10.17851/2237-2083.32.1.337-367. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/relin/article/view/55715. Acesso em: 23 nov. 2024.