Gravidez na adolescência: uso de métodos anticonceptivos e suas descontinuidades
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v23i1.49748Palavras-chave:
Gravidez na Adolescência, Gravidez não Planejada, Comportamento Contraceptivo, AnticoncepçãoResumo
Introdução: o início da atividade sexual no período da adolescência pode expor essa população a alguns riscos como a ocorrência de gravidez não planejada. Estudos mostram que, apesar do aumento do uso de métodos anticonceptivos (MAC), a gravidez continua alta entre os adolescentes. Objetivo: analisar o uso de MAC por adolescentes que engravidaram nesse período da vida. Método: trata-se de estudo do tipo caso-controle, realizado com 86 gestantes adolescentes (casos) e 86 jovens sem histórico de gravidez na adolescência (controles) em unidades de Estratégia de Saúde da Família do município de Cuiabá-MT, no período de agosto a novembro de 2016. Resultado: os dados revelaram que as adolescentes fizeram uso de MAC na primeira relação sexual (67,4%), porém se verificou considerável diminuição na utilização ao investigar especificadamente o uso no mês em que engravidaram (37,2%). Destacou-se que a utilização de MAC é menor entre as adolescentes comparado às jovens sem histórico de gravidez na adolescência. Verificaram-se, ainda, descontinuidades contraceptivas entre as participantes do estudo. Conclusão: os achados revelaram que as adolescentes utilizam menos métodos anticonceptivos, comparado às jovens, desde o início da vida sexual. Além disso, o uso é permeado por descontinuidades, com destaque para as falhas no uso do MAC. Esse fato indica a necessidade de aumentar os cuidados e opções contraceptivas para essa população.
Downloads
Referências
Borges ALV, Fujimori E, Kuschnir MCC, Chofakian CBN, Moraes AJP, Azevedo GD, et al. ERICA: início da vida sexual e contracepção em adolescentes brasileiros. Rev Saúde Pública. 2016[citado em 2017 dez. 17];50(supl 1):15s. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v50s1/pt_0034-8910-rsp-S01518-87872016050006686.pdf
Ministério da Saúde (BR). Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher - PNDS 2006: dimensões do processo reprodutivo e da saúde da criança. Brasília: Ministério da Saúde; 2009[citado em 4 abr. 2017]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnds_crianca_mulher.pdf
Pratt R, Stephenson J, Mann S. What influences contraceptive behavior in women who experience unintended pregnancy? A systematic review of qualitative research. J Obstetr Gynecol. 2014[citado em 2017 dez. 17];8(34):693-9. Disponível em: http://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/01443615.2014.920783
Bradley SEK, Schwandt HM, Khan S. Levels, trends, and reasons for contraceptive discontinuation. DHS: Demographic and Health Research Division Report; 2009[citado em 2017 dez. 17]. Disponível em: http://www.measuredhs.com/pubs/pdf/AS20/AS20.pdf
Ministério da Saúde (BR). Departamento de Informática do SUS. Inquéritos e pesquisas. Pesquisa Nacional de Saúde. Saúde da mulher. 2013[citado em 2017 dez. 17]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?pns/pnsr.def
Borges ALV, Barrett G, Santos AO dos, Nascimento NC, Cavalhieri FB, Fujimori E. Evaluation of the psychometric properties of the London Measure of Unplanned Pregnancy in Brazilian Portuguese. BMC Pregnancy Childbirth. 2016[citado em 2017 dez. 17];16:244. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s12884-016-1037-2
Morón-Duarte LS, Latorre C, Tovar JR. Risk factors for adolescent pregnancy in Bogotá, Colombia, 2010: a case-control study. Rev Pan-Am Salud Pública. 2014[citado em 2017 dez. 17];36(3):179-84. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/2014.v36n3/179-184/en
Berquó E, Garcia S, Lima L. Reprodução na juventude: perfis sociodemográficos, comportamentais e reprodutivos na PNDS 2006. Rev Saúde Pública. 2012[citado em 2017 dez. 17];46(4):685-93. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v46n4/ao2797.pdf
Amorim MMR, Lima LA, Lopes CV, Araújo DKL, Silva JGG, César LC, Melo ASO. Fatores de risco para a gravidez na adolescência em uma maternidade-escola da Paraíba: estudo caso-controle. Rev Bras Ginecol Obstetr. 2009[citado em 2017 dez. 17];31(8):404-10. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v31n8/v31n8a06.pdf
Santos NO, Benute RG, Soares AO, Lobo RCMM, Lucia MCS. A gravidez na adolescência na favela Sururu de Capote em Maceió, Alagoas. Psicol Hospitalar. 2014[citado em 2017 dez. 17];12(2):5-64. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ph/v12n2/12n2a04.pdf
Chacham AS, Maia MB, Camargo MB. Autonomia, gênero e gravidez na adolescência: uma análise comparativa da experiência de adolescentes e mulheres jovens provenientes de camadas médias e populares em Belo Horizonte. Rev Bras Estudos Pop. 2012[citado em 2018 jan. 23];29(2):389-407. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbepop/v29n2/a10v29n2.pdf
Rosa FS, Cecagno D, Meincke SMK, Bordignon SS, Soares MC, Corrêa ACL. Uso de contraceptivos por puérperas adolescentes. Av Enferm. 2014[citado em 2018 out. 20];32,(2):245-51. Disponível em: http://www.scielo.org.co/pdf/aven/v32n2/v32n2a08.pdf
Brandão ER. Desafios da contracepção juvenil: interseções entre gênero, sexualidade e saúde. Ciênc Saúde Colet. 2009[citado em 2017 nov. 17];14(4):1063-71. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v14n4/a08v14n4.pdf
Binstock G, Gogna M. La iniciación sexual entre mujeres de sectores vulnerable sencuatro provincias argentinas. Sex Salud Soc. 2015[citado em 27 nov. 2017];(20):113-40. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sess/n20/1984-6487-sess-20-0113.pdf
Sánchez VYA, Mendoza TLA, Grisales LMB, Ceballos MLY, Bustamente FJC, Castañeda EM, et al. Características poblacionales y factoresasociados a embarazo em mujeres adolescentes de Tuluá, Colombia. Rev Chil Obstet Ginecol. 2013[citado em 2017 dez. 17];78(4):269-81. Disponível em: https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0717-75262013000400005
Gogna M, Binstock G. Anticoncepción y maternidad: Hallazgos de un estudio cuanti-cualitativo con adolescentes de 18 y 19 años de cuatro provincias argentinas. Salud Colectiva. 2017[citado em 2017 out. 12];13(1):63-72. Disponível em: http://www.scielo.org.ar/pdf/sc/v13n1/1851-8265-sc-13-01-00063.pdf
Moreau C, Hall K, Trussell J, Barber J. Effect of prospectively measured pregnancy intentions on the consistency of contraceptive use among young women in Michigan. Human Reproduction. 2013[citado em 2017 dez. 17];28(3):642-50. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3619965/
Américo CF, Nogueira PSF, Vieira RPR, Bezerra CG, Moura ERF, Lopes MVO. Conhecimento de usuárias de anticoncepcional oral combinado de baixa dose sobre o método. Rev Latino-Am Enferm. 2013[citado em 2017 dez. 17];21(4):1-7. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v21n4/pt_0104-1169-rlae-21-04-0928.pdf
Ali MM, Cleland J. Oral contraceptive discontinuation and its aftermath in 19 developing countries. Contraception. 2010[citado em 2017 dez. 17];81(1):22-9. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0010782409003102?via%3Dihub
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Reme: Revista Mineira de Enfermagem
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.