Segurança no preparo e na administração de medicamentos, à luz da pesquisa restaurativa em saúde
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v17i4.50209Palavras-chave:
Gerenciamento de Segurança, Segurança do Paciente, Unidades de Terapia Intensiva, Remeduação Ambiental, Pesquisa, FotografiaResumo
O objetivo foi obter a visão dos profissionais de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva (UTI) do interior paulista, em relação aos aspectos existentes nos processos de preparo e de administração de medicamentos, o que, segundo os profissionais, contribui para a segurança do paciente ou, ao contrário, são vistos como barreiras para a administração segura dos medicamentos. O estudo foi dividido em quatro fases. Foram utilizadas técnicas diversificadas de coleta de dados: grupos focais, narração fotográfica, foto elicitation e observação em campo. A coleta e a análise dos dados ocorreram de maneira interativa, segundo a orientação teórica da pesquisa restaurativa em saúde. Seis temas foram obtidos da análise: identificando o ambiente assistencial como contribuinte para a segurança no preparo e na administração de medicamentos; identificando riscos no ambiente assistencial; percebendo o ambiente assistencial como fator de risco para os acidentes ocupacionais; tendo que conviver com o sentimento de "impotência" diante da cultura organizacional vigente; convivendo com os improvisos no dia-a-dia do trabalho; e vislumbrando possibilidades de mudanças no ambiente assistencial. A experiência de utilizar a abordagem restaurativa em saúde auxiliou na compreensão das barreiras e das medidas facilitadoras voltadas para a segurança no preparo e na administração de medicamentos. Os temas obtidos também demonstraram que os problemas existentes na UTI interferem na segurança tanto dos pacientes como dos profissionais. Logo, os líderes devem rever a forma de gerenciar a segurança na instituição.Downloads
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