v. 2 n. 1 (2021): Dossiê - Outras vidas contra o espetáculo: o animal, a planta, a máquina e o alien (jan/jun 2021)
Dossiê especial

E se o axolotl respondesse? antropogênese e antropocentrismo em Idea dell’infanzia, de Giorgio Agamben

Maurício Borba Filho
Universidade Federal do Pará, Belém, Brasil
Biografia

Publicado 25-08-2021

Palavras-chave

  • antropocentrismo,
  • Giorgio Agamben,
  • biopolítica,
  • estudos animais

Como Citar

BORBA FILHO, M. E se o axolotl respondesse? antropogênese e antropocentrismo em Idea dell’infanzia, de Giorgio Agamben. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 2, n. 1, p. 142–162, 2021. DOI: 10.53981/destroos.v2i1.34306. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/34306. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

No presente artigo pretendemos apresentar uma leitura crítica da seção Idea dell’infanzia, do livro Idea della prosa, de Giorgio Agamben. A partir das reflexões de Agamben em livro mais tardio – L’aperto –, leremos a caracterização da oposição entre o axolotl e o infante neotenico como uma narrativa antropogenética que informa uma imaginação política antropocêntrica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

  1. AGAMBEN, Giorgio. Idea della prosa. Milano: Feltrinelli, 1985.
  2. AGAMBEN, Giorgio. Infanzia e storia. Torino: Einaudi, 2001.
  3. AGAMBEN, Giorgio. L’amico. Roma: Nottetempo, 2007.
  4. AGAMBEN, Giorgio. L’aperto: l’uomo e l’animale. Torino: Bollati Boringhieri, 2002.
  5. AGAMBEN, Giorgio. O que é um dispositivo & o amigo. Trad. Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2014.
  6. ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Trad. Mário da Gama Kury. 3. ed. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1999.
  7. BATAILLE, Georges. Teoria da religião. Trad. Fernando Scheibe. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
  8. BODDICE, Rob. The end of anthropocentrism. In: BODDICE, Rob (org.). Anthropocentrism: humans, animals, environments. Leiden: Brill, pp. 1-20, 2011.
  9. BUTCHVAROV, Panayot. Anthropocentrism in philosophy. Berlim: De Gruyter, 2015.
  10. CALARCO, Matthew. Zoographies: the question of the animal from Heidegger to Derrida. New York: Columbia University, 2008. E-book.
  11. CASTRO, Edgardo. Introdução a Giorgio Agamben: uma arqueologia da potência. Trad. Beatriz de Almeida Magalhães. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
  12. CÓRDOBA, Ernesto Aréchiga. De la exuberancia al agotamiento. Xochimilco y el agua, 1882-2004. In: LÓPEZ, María Eugenia (org.). A la orilla del agua: historia de Xochimilco en el siglo XX. México: Instituto Mora, pp. 97-152, 2004.
  13. COUTINHO, Juliana Fausto de Souza. A cosmopolítica dos animais. 2017. Tese (Doutorado em Filosofia) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/32505/32505.PDF. Acesso: 20 maio 2021.
  14. CRAGNOLINI, Mônica. Extraños animales: filosofía y animalidad en el pensar contemporâneo. Buenos Aires: Prometeo, 2016.
  15. DANOWSKI, Déborah; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis: Cultura e Barbárie; Instituto Socioambiental, 2014.
  16. DERRIDA, Jacques. “Il faut bien manger” ou le calcul du sujet. In: WEBER, Elisabeth (org.). Points de suspension. Paris: Galilée, pp. 269-302, 1992.
  17. DERRIDA, Jacques. L’animal que donc je suis. Paris: Éditions Galilée, 2006.
  18. DERRIDA, Jacques. La bête et le souverain. Vol. I (2001-2002). Paris: Éditions Galilée, 2008.
  19. DESCOLA, Philippe. Constructing natures: symbolic ecology and social practice. In: DESCOLA, Philippe; PÁLSSON, Gísli (orgs.). Nature and society: anthropological perspectives. Nova York, Routledge, pp. 82-102, 1996.
  20. DESCOLA, Philippe. Estrutura ou sentimento: a relação com o animal na Amazônia. Trad. Tânia Stolze Lima. Mana 4, v. I, pp. 23-45, 1998. Disponível em: https://www.scielo.br/j/mana/a/yFVLXtKkcyTLBYhYc8Hd8XN/abstract/?lang=pt. Acesso: 20 maio 2021.
  21. FLEISNER, Paula. Hominización y animalización: una genealogia de la diferenciación entre hombre y animal en el pensamento agambeniano. Contrastes: Revista Internacional de Filosofía, vol. XV, pp. 337-352, 2010. Disponível em: https://www.uma.es/contrastes/pdfs/015/ContrastesXV-18.pdf. Acesso: 20 jun. 2021.
  22. FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: a vontade de saber. Vol. I. 6. ed. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2017.
  23. JESI, Furio. La festa: antropologia etnologia folklore. Turim: Rosenberg & Sellier, 1977.
  24. LÉVI-STRAUSS, Claude. Les structures élémentaires de la parenté. 2. ed. Berlin: Mouton de Gruyter, 2002.
  25. LÓPEZ, María Eugenia Terrones. Xochimilco sin arquétipo: historia de una integración urbana acelerada en el siglo XX. Scripta Nova: Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales, Universitat de Barcelona, vol. X, n. 218 (37), sem paginação, 2006. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-218-37.htm. Acesso: 20 jun. 2021.
  26. MARCHESINI, Roberto. Alterity and the non-human. Humanimalia, vol I, n. 2, pp. 91-96, 2010. Disponível em: https://www.depauw.edu/humanimalia/issue02/pdfs/Marchesini.pdf. Acesso: 20 jun. 2021.
  27. MASSUMI, Brian. O que os animais nos ensinam sobre política. Trad. Francisco Trento e Fernanda Mello. São Paulo: n-1, 2017.
  28. MESNARD, Philippe. The political philosophy of Giorgio Agamben: a critical evaluation. Totalitarian Movements and Political Religions, v. 5, n. 1, pp. 139-157, 2004. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/1469076042000223437. Acesso em: 20 jun. 2021.
  29. NIMMO, Richie. The making of the human: anthropocentrism in modern social thought. In: BODDICE, Rob (org.). Anthropocentrism: humans, animals, environments. Leiden: Brill, pp. 59-80, 2011.
  30. PARDINI, Patrick. Amazônia indígena: a floresta como sujeito. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, n. 15, pp. 1-11, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/bgoeldi/a/hjXGBwPTD6Fnh7vKDRWvnPN/?lang=pt#. Acesso: 20 maio 2021.
  31. PRÓSPERI, Germán Osvalo. La máquina elíptica de Giorgio Agamben. Profanações, ano 2, n. 2, pp. 62-83, jul./dez. 2015. Disponível em: https://doi.org/10.24302/prof.v2i2.945. Acesso: 20 maio 2021.
  32. RABINOW, Paul; ROSE, Nikolas. Biopower today. BioSocieties, vol. I, pp. 195-217. 2006. Disponível em http://anthropos-lab.net/wp/publications/2007/01/rabinow-rose.pdf. Acesso: 20 maio 2021.
  33. TONUTTI, Sabrina. Anthropocentrism and the definition of ‘culture’ as a marker of the human/animal divide. In: BODDICE, Rob. Anthropocentrism: humans, animals, environments. Leiden: Brill, pp. 183-202, 2011.
  34. WANDERER, Emily. The axolotl in global circuits of knowledge production: producing mulispecies potentiality. Cultural Anthropology, vol. 33, n. 4, pp. 650-679, 2018. Acesso: 20 maio 2021.